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António Costa, "O Desejado", depois de dar uma
corrida inaceitável a Seguro por este ter ganho as eleições europeias "por
poucochinho", subiu ao palco do PS pela mão da "Ordem da Jarreteira",
sediada no premonitoriamente chamado Largo do Rato.
Costa, "O Desejado", foi o cabouco onde era
suposto nascerem os alicerces de uma estrondosa vitória eleitoral em 2015,
enterrando a tropa que nos rege sob os auspícios do bando de malfeitores que dá
pelo nome de troika.
As coisas, porém, afiguram-se mais difíceis do que
parecia à primeira vista. Eleitor português não prima pela argúcia, mas também
não é cego e já percebeu ao que leva a conversa dos socialistas—mais tarde, ou
mais cedo, temos os troikanos de volta. O socialismo acaba quando acaba o
dinheiro dos outros, dizia a Thatcher. O problema é que o dinheiro dos outros agora
não acaba, mas sai muito caro—os gregos que o digam—e os portugueses não querem
experimentar mais: já lhes chega o que provaram.
Tudo visto e respigado, Costa não descola nas sondagens e
os apaniguados de Seguro começam a apresentar a factura. António Galamba,
membro do Secretariado Nacional no tempo do Tozé e agora excluído da lista de
candidatos a deputados, não hesita ao atirar: "Para quem se apresentou como valor seguro para conquistar uma maioria
absoluta para o PS, quase com um estalar de dedos, está tudo a ser feito para a
obtenção de um resultado no sentido oposto”. Outro dirigente do mesmo tempo
acrescenta: “Surreal, tanto disparate junto. Vai sendo tempo de erradicar a
incompetência e a falta de visão política”.
Costa, diga-se em abono da
verdade, não enganou ninguém. A única falta que se lhe aponta é ter falado
pouco até ser entronizado no PS. Depois, naturalmente, abriu a boca porque tinha
de ser e só saiu água chilra, incapaz de dessedentar o menos sequioso. Se tudo lhe
correr bem, arrisca-se a não perder por muitos. É difícil, mas Costa é capaz
disso.
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