domingo, 30 de abril de 2017

NA PRÁTICA A TEORIA É OUTRA

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O mini-mapa em cima mostra a localização de uma parvónia francesa chamada Auchel, terra de antigas minas de carvão. Emile Zola, no livro Germinal, centrado na mesma região mineira, escreve que o tip-tap subterrâneo dos mineiros a escavar era o som da revolução em marcha.  Assim aconteceu muitos anos. 
Auchel era um bastião comunista, com políticas "patrióticas de esquerda" e essas trampas ilusórias dos comunas. Hoje, Auchel vota Marine Le Pen — se Zola renascesse, fenecia de supetão perante a realidade. Na prática a teoria é outra.
Depois de políticos de esquerda como François Hollande, Soares, Sampaio, Guterres, Zé Sousa — mais conhecido por Zezito —, Costa do Castelo e C.ª, admiram-se que Le Pen seja aclamada em Auchel? Eu não.
A chamada cintura da ferrugem do Norte de França "encheu" — estão fartos de promessas não cumpridas duma esquerda diletante e incompetente, palavrosa, intelectualmente básica e, sobretudo, "não praticante" porque os ossos do socialismo são para o povo e a carne do lombo para consumo próprio. O "olha para o que eu digo, não para o que eu faço" tem os dias contados. Não em Portugal porque andamos 10 ou 20 anos desfasados da Europa na apreciação de "cromos" como Marcelo "Esteves", Guterres, ou Sampaio, mas na Europa de Churchill, de Gaulle, ou Adenauer. Quando o português de samarra perceber o que tem a "ganhar" com Marcelo e Costa, já a Europa está noutra, dez anos à frente.
"É a vida", a frase mais citada de Guterres, Secretário Geral da ONU, o que diz tudo.
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