sábado, 8 de julho de 2017

AGORA SÓ É PRECISO "VACA" — MESMO QUE NÃO VOE

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Transcrevo a seguir fragmentos de um texto de Sofia Vala Rocha, publicado no jornal "SOL", com o título "O estômago de Costa". Pode ler o original, seguindo este link. O essencial, em minha opinião, vai a seguir.

Quem já foi a Peniche e apanhou o barco para as Berlengas sabe do que falo. Os primeiros quinze minutos da viagem marítima são feitos juntos às rochas que formam a península, bem abrigados do vento. Mal se passa o Cabo Carvoeiro, vêem-se já as Berlengas – mas começa a sentir-se o vento e as ondas. A meio do percurso – a que se chama ‘meia-via’ – é quando o mar bate mais. Escusado será dizer que aí muitos estômagos não aguentam as ondas. [...]

[...] Este Governo entrou a governar como os turistas entram dentro do barco: em delirante euforia. [...]

[...] Embriagado pela volúpia inicial, António Costa declara a ‘geringonça’ uma vaca voadora. [...]

[...] Pedrógão, Tancos e cativações, incêndios, quartéis e falta de dinheiro, tudo se abateu sobre o Governo com a violência das pragas do Egipto, sem ser por acaso. E não é por acaso, porque é da natureza das coisas que elas aconteçam… [...]

[...] E o que lá vem é fácil de antever: os parceiros circunstanciais de viagem, PCP e BE, colaborantes até agora, não vão poder continuar a aceitar tudo, sobretudo as cativações (cortes). Pois se no tempo da austeridade as cativações iam no máximo até 500 milhões de euros, como é que no tempo da vaca voadora as cativações chegam aos 1.000 milhões de euros? Com o outono, vão chegar as greves e as exigências musculadas dos parceiros no Orçamento do Estado. [...]

[...] Agora a atravessar a ‘meia-via’ António Costa vai precisar de estômago.

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