sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

"LENTO MA NON TROPPO"

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A 26 de Junho de 2016, um terramoto atingiu o Mar de Marmara, nos arredores de Istambul, na Turquia, e só parou 50 dias depois. Na altura, ninguém sabia o que estava a acontecer. Tal terramoto é chamado de “terramoto lento” e esse tipo pode anunciar desastres mais graves no futuro.
Todos os terramotos têm a mesma causa básica: placas tectónicas a escorregar e a deslizar uma contra a outra. Estes pedaços da crosta terrestre estão sempre em movimento e, ocasionalmente, quando esbarram uns nos outros, ficam presos. Quando isso acontece, a pressão continua a aumentar até que toda essa energia seja libertada de uma só vez.
É assim que funciona um terramoto regular, mas este não é o único tipo que o nosso planeta pode produzir. A energia do terramoto também pode ser libertada gradualmente, através de um processo de deslizamento lento que leva semanas, meses ou até anos.



Como a energia é libertada muito mais suavemente, ninguém na superfície sabe que está a acontecer, a menos que se utilizem instrumentos configurados para medi-la.
Aconteceu na Turquia em 2016, de acordo com a National Geographic. Uma falha no mar de Marmara escorregou, levando a um evento de pouca velocidade que durou até meados de Agosto.
Um grupo de investigadores, por acaso, tinha equipamento de medição de terramotos instalado na área e registou tudo. Mas os detalhes do evento lento na Turquia – e noutras áreas do mundo – permanecem misteriosos.
É possível que terramotos pequenos e regulares possam provocar deslizamentos lentos. De facto, o deslizamento lento da Turquia em 2016 foi precedido por um terramoto de magnitude 4,4.
Mas também é possível que deslizamentos lentos possam provocar grandes terramotos. Por exemplo, o terramoto de Tohoku no Japão, um dos maiores terramotos já registados, aconteceu logo após o início de um evento lento na mesma área. Há  boa probabilidade de o deslizamento ter causado o terramoto.
Se esse for o caso, os eventos lento podem ser usados para prever grandes terramotos dias ou semanas antes que aconteçam, salvando inúmeras vidas. No entanto, para já, os cientistas não têm certeza de como usá-los para prever terramotos – ou sequer se isso é possível.

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(Adaptado de "Notícias ZAP")
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