segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

SIMBIOSE REPUBLICO-MONÁRQUICA

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Luís Rosa assina um artigo publicado hoje no “Observador”, com o título “Os Geringonsos Monárquicos”, onde aborda o facto de o actual Governo incluir dois ministros que são marido e mulher e outros dois que são pai e filha. Isto é, há dois pares de ministros em que uma relação familiar muito próxima é provavelmente inédita no mundo civilizado de hoje ― falo de José Vieira da Silva e de Mariana Vieira da Silva; e de Eduardo Cabrita e Ana Paula Vitorino.
A páginas tantas, diz Luís Rosa sobre António Costa e os socialistas: “São contra, e bem, a entrega da Chefia do Estado tendo como única referência o sangue e as relações familiares, mas não vêem problema em que marido e mulher sejam ministros do mesmo Governo e em que o pai e uma filha partilhem a mesa do Conselho de Ministros. Moral da história: dizem-se republicanos mas atuam como monárquicos”.
Na realidade, não se vê como é possível que, em Conselho de Ministros, cada uma destas almas vote em desfavor do seu par, por muito isenta que seja a sua natureza. Tal situação é teórica, mas perfeitamente admissível, donde concluir que mais vale prevenir que remediar, não transformando o Conselho de Ministros numa reunião de escuteiros à volta de uma fogueira.

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