terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O RIDÍCULO MATA

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Não falo, nem falarei sobre a greve dos 
enfermeiros. Admito que tenham razão, mas não possuo informação ― nem quero ― para avaliar a situação. Tenho apenas noção das graves consequências que dela advêm, num país onde a assistência médica, particularmente a cirúrgica, era já deplorável, com listas de espera inaceitáveis. 
Falo agora nisto porque acabo de ler que o Presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Portugal, Carlos Ramalho, anunciou em Évora, depois do Ministério da Saúde ter prevenido que iriam ser marcadas faltas injustificadas, a partir de quarta-feira, a todos os enfermeiros que adiram à greve por esta não ser legal, que iria entrar em “greve da fome”.
Tal decisão, de morrer de inanição, terá início solene na Quarta-Feira, às 12 horas, junto ao Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República.
Será, verosimilmente, uma greve mitigada e por aí não vem mal ao mundo nem ao Senhor Carlos Ramalho. Mas, como diz o ditado, o ridículo mata e o Senhor Enfermeiro que se cuide com esse.
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