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Nas últimas décadas, a comunidade internacional fez avanços impressionantes contra a fome e a subnutrição, como amplamente evidenciado pelos dados dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) da Organização das Nações Unidas. Entre 1990 e 2014, por exemplo, a proporção de pessoas subnutridas no mundo caiu de mais de 23% para menos de 13%, progresso notável, de facto. Mesmo assim, ficam quase 800 milhões de pessoas subnutridas no mundo, principalmente na África subsaariana, no Sul da Ásia, e noutras áreas. No início de 2017, a população mundial era de cerca de 7,5 mil milhões. As estimativas actuais prevêem que em 2050 serão cerca de 9,7 mil milhões, com a população a crescer rapidamente nas áreas que hoje são as menos ricas em termos de alimentos.
Felizmente, há maneiras de aumentar o abastecimento ― independentemente da eficácia produtiva estar a crescer ou não. Há muita fruta abandonada incluída sob a rubrica "desperdício de comida", categoria ampla que incorpora situações como deixar a produção comestível nos campos ou pomares após a colheita, perdas pós-colheita, ocorrendo entre a colheita e a comercialização da produção agrícola, perdas no sector da fiscalização, como frutas e legumes imperfeitos, etc..
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), "cerca de um terço da comida produzida no mundo para consumo humano em cada ano - aproximadamente 1,3 mil milhões de toneladas - é perdida ou desperdiçada". Por categoria de alimentos, a FAO estima que 30% da produção mundial de cereais seja perdida ou desperdiçada, 20% da produção leiteira, 35% dos peixes e frutos do mar, 20% da carne e 20 por cento de todas as oleaginosas e leguminosas.
São impressionantes tais números, decorrentes de tradições inaceitáveis, interesses intoleráveis, ignorância lamentável, corrupção egoísta e rebabá.
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