Há dois dias, referi-me à polémica entrevista da senhora
Lagarde, Directora do Fundo Monetário Internacional, em que, a respeito da
Grécia, dizia estar mais preocupada com as crianças do Níger, em quem pensava
muito, tal como pensava nos gregos que fogem ao fisco.
Naturalmente, os jornalistas, cuja maioria ganha a vida a
sujar papel, não podiam perder uma oportunidade assim para sujar mais algum. As
palavras infelizes da senhora Lagarde – sendo discutível se foram infelizes –
resultaram hoje em mais uns tantos decímetros quadrados de papel borrado. O
estilo é como se mostra na necropsia aqui em baixo.
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A senhora Lagarde não paga impostos, não obstante ganhar mais
que o Presidente Obama! E porque não paga? Porque tem um amigo na repartição de
finanças do bairro onde mora lá nos Estados Unidos que fecha os olhos ao facto
de não fazer as declarações tributárias devidas? Porque é relapsa, e sempre foi,
em sonegar informações ao fisco? Porque na administração fiscal há um
funcionário superior com família num país assistido pelo FMI e a senhora
Lagarde faz chantagem com ele? Estou convencido que deve ser uma coisa dessas
e, como tal, é óptimo que os jornalistas apertem com ela. Ora essa!
É claro que há a estupidez do Artigo 34 da Convenção
de Viena, estupidez que já dura há mais de 50 anos e foi assinada por 187
nações, entre elas os Estados Unidos, onde a infracção da senhora Lagarde está
a ser cometida.
.Há?! E daí?! Que interessa isso? E porque não pede a
senhora Lagarde a revogação do Artº 34 de tal aborto diplomático? Sim! Porque nunca
pediu Madame a revogação?
São todos iguais! O único que escapa é o Dr. Soares que,
não obstante ter direito a muitas mordomias por ter sido Presidente deste País
riquíssimo, em nome de ética republicana abdicou de tudo e não quer nada: nem
pensão, nem carro e respectivo guarda-freio com licença de Fórmula 1 da FIA,
nem secretária, nem gabinete, e provavelmente, nem cartão de crédito ilimitado,
digo eu.
Vivemos num mundo que mete nojo! Pf!...
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