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A adesão da Grécia ao euro tornou muito mais fácil o
crédito internacional.
O País entrou numa espiral de despesas faraónicas, baseadas
em empréstimos, muito para além das suas possibilidades, de que as Olimpíadas
de 2004 são um exemplo típico.
Aumentaram os salários públicos e as regalias sociais de
forma desproporcionada com a economia, ao mesmo tempo que a fuga ao fisco subia
em flecha. Começou a aldrabice nas contas oficiais para que a União Europeia
não percebesse o imbróglio.
Os investidores percebem e começam a aumentar os juros do
crédito.
O governo tenta emendar a mão e têm início as
manifestações contra o corte dos benefícios sociais e o aumento de impostos.
Os líderes da Eurozona ficam com a fralda molhada e
receiam que o mesmo aconteça com a Itália e Espanha, casos mais complicados.
Em 2010, O BCE, o FMI e a UE avançam com 110 mil milhões
de euros para os gregos. Papandreu negoceia o empréstimo para o resgate, assina
e dá de frosques, qual Zezito.
Não há dinheiro que chegue para tapar o buraco chamado
Grécia e Papademos, que vem a seguir a Papandreu, negoceia novo empréstimo para
resgate, no valor de mais 130 mil milhões de euros, e um perdão parcial dos
calotes.
Resgate é sinónimo de austeridade e os zorbas não gostam.
Intensificam-se os motins populares.
Nas eleições deste Maio, ganham os partidos contrários
aos programas de resgate com austeridade inclusa. São marcadas novas eleições
para Junho e o futuro não se afigura brilhante.
Entretanto, a Grécia deve 41,4 mil milhões de euros a
bancos franceses; 15,9 mil milhões a bancos alemães; 9,4 mil milhões a bancos
ingleses; 6,2 mil milhões a bancos americanos; e mais alguns trocos a centenas
de outros bancos. Se sair da Eurozona, não paga.
Fim da história.
Not bad!...
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