sábado, 19 de maio de 2012

O RELVAS

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Miguel Relvas é Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, eventualmente de outras coisas que não sei nem interessa, palavroso quanto baste e um genuíno cromo. Na sequência de notícias de que também recebia SMS de Silva Carvalho (o Tarzan Taborda da espionagem como lhe chama hoje um jornal), Relvas foi ouvido no Parlamento, meteu os pés pelas mãos e não disse coisa com coisa. Confrontado com tal facto por uma jornalista do jornal “Público”, que lhe enviou algumas perguntas incómodas, Relvas telefonou-lhe e fez esta coisa deliciosa: ameaçou-a de que se publicasse mais notícias sobre a matéria, promovia um blackout do Governo ao jornal, apresentava queixinha à entidade reguladora e, máximo dos máximos, revelava na Internet factos da vida pessoal da jornalista; factos eventualmente transmitidos à sua pessoa pelo espião Silva Carvalho, perito também em espreitar pelo buraco da fechadura dos jornalistas como já se viu.  
Relvas tem um encéfalo com a agilidade do hipopótamo, a clarividência do morcego e a plasticidade psíquica do jumento. A pergunta é, como pôde a Pátria passar tantos anos sem tais préstimos de excepção fundidos num único e ímpar crânio? Como não se apercebeu dos preciosos anos dissipados sem este inspirado filho no pódio da governação? Como não mandou cessar tudo que a antiga Musa cantava porque outro valor mais alto se alevantava? Não sei!
Sei que Relvas está a pedir um par de patins em linha e um pé com muita massa e grande quantidade de movimento aplicado no fundilho das calças. Com urgência. Se possível para ontem.
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