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O Relvas recebia
relatórios diários, ou coisa parecida, com informação classificada, do “super-espião”.
Porquê, e por alma de quem, não se sabe; mas recebia, pronto.
Primeiro, o Relvas não se lembrava que recebia. Depois, já
se lembrava, mas lembrava-se que não ligava nada àquilo – até não respondia ao
remetente, pronto.
Agora, Adelino Cunha, adjunto político do Relvas,
demitiu-se, depois do Ministério Público ter encontrado mensagens suas no
telemóvel do “super-espião” – eh, eh, eh...! Não fosse o Ministério Público, o
Cunha ficava calado como um rato. E porque ficava calado? Pois, porque mantinha
contactos com o “super-espião” por sua iniciativa. Era uma fé que ele tinha – até
havia escrito uns artigos sobre serviços de informações. De qualquer forma, o Relvas
não sabia daquela fé, pronto.
Isto é, o Cunha já marchou em passo de corrida, mas o
Relvas aguarda melhores dias; ares mais desanuviados, pronto!
Estamos entregues a relvas piores que a relva do Estádio de
Alvalade, sem ofensa para os lagartos. Costumo dizer que o Tozé Seguro é bom
rapaz, mas uma escopeta de carregar pela boca. O Pedro Passos Coelho também é
bom rapaz, mas mais do género espingarda de pressão de ar: não tem pedalada
para acompanhar o Relvas nas subidas e o Relvas toma o freio nos dentes e faz o
que quer; normalmente asneiras.
Iluminai-os, Senhor, para nossa salvação. Salvação das
almas mas, nesta conjuntura, sobretudo dos corpos.
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