No dia 5 de
Setembro de 1977, faz dentro de três meses 35 anos, a NASA lançou no espaço
celeste a nave Voyager 1, com o
objectivo primário de fazer observações dos planetas Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno, missão que ficou completa em
1989, doze anos depois do lançamento.
Entretanto, a nave
foi apontada ao centro da nossa galáxia, a Via Láctea, e prosseguiu a viagem à
velocidade de 17 km por segundo, ou seja, mais de 61.000 km por hora. É alimentada
por um gerador de plutónio com esperança de vida de mais 10 a 15 anos, depois
do que passará ao estado completo de surdez e mutismo. Por enquanto, envia
regularmente informações para a Terra, ao seu "patrão", Ed Stone.
Neste momento, encontra-se
a 11 mil milhões de km do nosso berço, pouco mais do que daqui a Cacilhas, e os
sinais de rádio que emite, à velocidade da luz, levam 16 horas e meia a chegar
aos nossos ouvidos. Continua a receber partículas energéticas do Sol, mas a
quantidade começa a diminuir e será nenhuma dentro de pouco tempo. É que a
Voyager 1 está a chegar ao limite do Sistema Solar e em vias de o abandonar,
saindo da área de influência do Cristiano Ronaldo, perdão, do Sol que é a nossa
estrela e vai deixar de ser dela, nave.
Em data ainda não
conhecida por Ed Stone, a Voyager 1 entrará no espaço interestelar, tornando-se
no primeiro objecto fabricado pelo homem a fazê-lo. Tem depois uma longa rota à
sua frente, na direcção do centro da galáxia. Provavelmente, irá morrer numa
estrela chamada AC +793888, nome que não
lembra ao Diabo, e a 2 anos/luz da nave neste momento.
Quando o
combustível de plutónio se esgotar, a Voyager 1 será embaixatriz muda da Terra
no espaço cósmico. Have a nice trip, Voyager!
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