"Será
possível recuar nas medidas de
austeridade ao dobro da
velocidade prometida pelo
Governo, tomar novas medidas para
aumentar o rendimento disponível dos
portugueses e, ao mesmo tempo,
garantir que a derrapagem no
défice seja mínima e apenas no
curto prazo? Os 12 economistas
escolhidos pelo PS para traçarem
um cenário macroeconómico para os
próximos quatro anos acham que
sim."
Não sou economista, muito menos escolhido pelo PS (cruzes
canhoto!), mas também acho que a primeira parte do referido é possível, ou seja,
recuar nas medidas de austeridade ao dobro da velocidade prometida pelo
Governo e tomar novas medidas para
aumentar o rendimento disponível dos
portugueses. A dúvida assalta-me quando se fala de, ao mesmo tempo, garantir que a derrapagem no défice seja mínima
e apenas no curto prazo.
Todos conhecemos de ginjeira a prestidigitação orçamental
dos socialistas em geral, e dos socialistas portugueses em particular, com currículo
de se lhes tirar o chapéu: por três vezes, em 40 anos, já levaram a Pátria à
glória—são especialistas nisso e quem vier atrás que feche a porta. Como dizia
essa nulidade chamada Zezito, também conhecido por 44, a dívida não se paga—gere-se
ou administra-se, dizia ele, no tempo em que ainda dizia alguma coisa.
Não sei se existe qualquer adágio do tipo diz-me como
governas a tua casa que eu dir-te-ei como governas o dinheiro dos outros; mas,
se não existe, devia existir. Falo nisto porque li recentemente que o PS tem
uma dívida à banca de 11 milhões de euros e vai hipotecar algumas sedes para
pagar compromissos daí resultantes. Contudo, tal não inibe o partido de pedir
novo empréstimo para pagar a campanha eleitoral que aí vem. Isto é, os
socialistas—em casa—também estão a "garantir
que a derrapagem no défice seja
mínima e apenas no curto prazo".
Óh égua!...
.
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