domingo, 19 de abril de 2015

O PLANETA DAS RARIDADES

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Vivemos num planeta raro. E não é por cá viver António Nóvoa, ou Vasco Lourenço, ou Boaventura Sousa Santos, embora isso também contribua. É porque a Terra—ao contrário dos outros planetas do Sistema Solar que são constituídos na maior parte por hidrogénio e hélio—é formada principalmente por ferro, oxigénio, magnésio, silício, enxofre, níquel, cálcio, sódio e alumínio, elementos raros no Sistema.
E porquê isto?—perguntar-se-á. É simples. Os planetas e as estrelas são formados em nebulosas constituídas maioritariamente por hidrogénio e hélio, mais alguma poeira e plasma cósmico. Quando da formação da Terra, o hidrogénio e o hélio, gases leves, foram arrastados para longe pelo calor do Sol, ficando os elementos raros que permitiram dar vida ao Zezito, a Baptista Bastos, ao Dr. Soares e ao Infante D. Henrique—embora o último tivesse menos fósforo que os outros, talvez por causa do ar do mar que é muito forte.
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