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O endividamento externo é medonho, cresce 10% todos os anos, e ninguém está preocupado com o facto de termos um padrão de vida só sustentável dessa maneira. Ao chefe do governo, um medíocre cultural, expressão máxima do politicamente correcto pífio, nunca ninguém ouviu falar sobre isso. Em atitude tipicamente socialista, esbanja
É necessário, com urgência, mostrar aos portugueses a pelintrice que é a deles e dizer-lhes que vivem um sonho a encaminhar-se fatalmente para o pesadelo. Há dias, António Barreto declarava no jornal “I” que “Portugal está à beira da irrelevância, talvez do desaparecimento, a pobreza certamente”, e que “se não houvesse a Europa e se ainda houvesse Forças Armadas, já teríamos tido golpes de Estado”. João Salgueiro lembrava ontem no referido programa que as opções são a dificuldade ou o desastre. A fuga às dificuldades que se verifica neste momento não é o caminho para o desastre porque é um atalho.
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Num painel de seis personalidades de diferentes áreas políticas, o consenso era sobre os erros dos políticos em matéria de economia e finanças e sobre a sua irresponsabilidade perante a crise actual, coisa que povoa os meus pesadelos. Neste aspecto, cabe à comunicação social acabar com o politicamente correcto do papagaio, que fala mas não tem ideia do que diz, e prestar um serviço ao povão contando-lhe a realidade. Não precisam de criar nada porque, em boa verdade, talvez não sejam capazes de o fazer. Apenas se espera que dêem relevo às intervenções de quem tem senso e sabe o que está em causa. E, por alma de quem lá têm, desmistifiquem o primeiro-ministro, não por causa do “Freeport” ou do “Face Oculta”, que são casos irrelevantes no contexto global do problema, mas porque é uma nulidade.
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