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Está em curso no País um conflito entre clubes de futebol e árbitros. Os primeiros dizem o impensável dos segundos e estes começam a mostrar-se ofendidos, depois de anos dessa conversa. Quem tem razão? Provavelmente ninguém.
Por um lado, tudo leve a crer que terá já havido erros cometidos intencionalmente pelos juízes com fins pouco claros. Por outro, os erros são inevitáveis em quase toda a actividade e, mais ainda, na arbitragem tal como é feita. São duas verdades que dão pano para mangas na matéria. Permite aos dirigentes descarregar a responsabilidade dos insucessos sobre os árbitros e sacudir a água do capote. Permite aos árbitros cometer injustiças mal intencionadas em nome do direito a errar.
É complicado, salvo raras excepções, distinguir uma situação da outra. A regra tem sido a de, em caso de dúvida, dar ao árbitro esse direito e à boa fé na prestação. Assim, não se vê grande hipótese de as coisas mudarem. Aliás, o problema parece pôr-se da mesma forma, ou semelhante, em todo o mundo. Mas uma coisa digo sobre a matéria: o problema faz parte do fenómeno futebol. Que se discutiria nos programas de rádio e televisão se não existisse? E como comentaria o povão os jogos da última jornada. Futebol sem polémicas sobre arbitragem é demasiado asséptico. Não tem interesse.
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