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[...] A ressurreição do eixo franco-alemão é um péssimo sinal. Nenhum de nós elegeu Merkel ou Sarkozy. Nem tão-pouco têm a legitimidade europeia que emanava de líderes como Helmut Khol ou François Miterrand. Têm apenas, perante os seus eleitorados, legitimidades próprias: nenhum português, finlandês ou italiano os escolheu para definir o novo governo económico da zona euro galgando as legitimidades da Comissão e do Parlamento Europeu. Porventura teremos mesmo de adoptar algumas das medidas que saíram do encontro bilateral. Se assim for, que o nosso país tenha a capacidade para fazer valer a sua vontade em três áreas-chave: agricultura e pescas, e usar factores distintivos (nomeadamente fiscais) na captação de investimentos provenientes de regiões apresentadas à Europa por Portugal.
Carlos Carreiras in “i”
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