sábado, 27 de agosto de 2011

TAXAR FORTUNAS

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Não tenho a mais pequena proximidade com a conversa política do PCP porque tudo soa a teoria sem base sustentável, longe da realidade, de que aliás já tivemos pequeníssima amostra durante o PREC. Quem viveu esses dias ficou esclarecido.
Mas hoje o PCP disse uma coisa correcta, ao classificar como fait-divers a intenção do Governo de taxar as grandes fortunas. Por razões diferentes, concordo com os comunistas. Não são estas que devem ser penalizadas, a menos que tenham sido construídas à margem da lei, situação em que são casos de polícia. Mas a grande fortuna resulta, em condições normais, de grandes rendimentos relativamente pouco taxados. E estes é que devem ser visados pelo fisco e não estão a ser.
É preciso abandonar a ideia de punir os ricos porque são ricos. Isso é manifestação de inveja. Mas é completamente justo que os enormes rendimentos em que assenta a riqueza tenham o tratamento fiscal adequado e, segundo parece, tal não tem acontecido. Este Governo prepara-se para cobrar um imposto simbólico sobre a riqueza para calar o povão e continuar a ignorar os enormes lucros de actividades que se movem na penumbra das leis fiscais. Como diz o PCP, é um fait-divers, de facto.
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