[...] Não é que os políticos sejam necessariamente mentirosos. Mas são desnecessariamente preguiçosos: habituam-se a repetir clichés sem que exista qualquer correspondência entre os clichés e a realidade e, pior, sem retirar disso qualquer benefício palpável.
Veja-se o exemplo de António José Seguro, que mal chegou à liderança do Partido Socialista prometeu, à semelhança de 439.197 criaturas antes dele, em parlamentos nacionais, assembleias de freguesia ou associações de condóminos, uma oposição "firme", "séria" e "responsável". A ideia é boa, já que em teoria distingue o actual PS das forças políticas que prometem oposições débeis, desonestas e inconscientes. Infelizmente, a aplicação da ideia não costuma correr bem. A estreia do PS do dr. Seguro roçou a catástrofe ou, dependendo da perspectiva, a anedota. [...]
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Alberto Gonçalves in "Diário de Notícias"
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