sábado, 31 de dezembro de 2011

VEM AÍ 2012

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(Arranjo feito a partir de um quadro de Malema, publicado no blog "Malema Paintings")
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OS GRANDES VELEIROS

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PESOS PESADOS

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Pelo 18º ano consecutivo, Bill Gates encabeça a lista da revista Forbes dos americanos mais ricos. Apesar dos problemas económicos e financeiros que afligem muitos americanos, o "valor" dos 10 mais ricos aumentou na lista de 2011 da revista. A fortuna do co-fundador da Microsoft cresceu 5 mil milhões de dólares, elevando o seu “peso” para 59 mil milhões, bem à frente dos outros milionários que são, por ordem decrescente de património, Warren Buffett, Larry Ellison, os irmãos Charles e David Koch, George Soros, Sheldon Adelson, e os gémeos Walton, Jim e Alice. Deus os abençoe!
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OLÍMPIA-GRÉCIA

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O repouso do turista típico
[2005 - Não sou eu!]
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O CALENDÁRIO HANKE-HENRY

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Estamos em cima da mudança do ano, sendo que o fim do ano corresponde quase ao momento em que a Terra completa uma volta completa ao Sol. E digo quase porque não é completamente verdade a afirmação. Com efeito, a translação completa do nosso planeta dura 365, 2422 dias e nós estamos apenas no fim de 365. Para completar a translação, faltam ainda 0,2422 dias! O genial calendário gregoriano, do Papa Gregório XIII, concebido há 430 anos, resolveu isto acrescentado um dia ao mês de Fevereiro, de quatro em quatro anos.
Contudo, o calendário gregoriano não resolveu outro problema de importância semelhante: em cada ano, os dias do mês não correspondem aos dias da semana do ano anterior, ou do ano seguinte. Por exemplo, o nosso dia de aniversário neste ano calhou num dia da semana diferente do ano anterior e do que vem aí. O mesmo com o Natal e muitas outras datas importantes. Isto porque 365 não é múltiplo de 7, número de dias da semana do calendário gregoriano. Em consequência, o calendário tem que ser revisto anualmente, com acréscimo de trabalho no planeamento de eventos, sejam económicos, desportivos, culturais, recreativos e por aí fora.
Então, um conjunto de investigadores da Universidade Johns Hopkins propôs um novo calendário quase perpétuo, em que os dias do mês calham sempre no mesmo dia da semana. Resumidamente, a cada par de meses de 30 dias, segue-se um mês de 31, ou seja, em vez de “30 dias tem Setembro, Abril, Junho e Novembro”, passa a “30 dias tem Setembro, Junho, Março e Dezembro”. E, para com compensar o desaparecimento dos anos bissextos, criam uma semana extra no fim de Dezembro, cada 5 ou 6 anos.
Os investigadores acreditam que a mudança para o novo calendário levará algum tempo, sobretudo pela necessidade de alterar os sistemas informáticos, mas em Janeiro de 2017 seria possível entrar em vigor a sua proposta. O único inconveniente que vêm nela é haver quatro Sextas-Feiras, dia 13, todos os anos!

(Pode ler a história toda aqui - “Scientific American”)
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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

OS GRANDES VELEIROS

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Batalha de Trafalgar
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O MAL JÁ VEM DE LONGE

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Havia um lugar de cirurgião do banco no Hospital de S. José. O concurso era documental. Dois médicos aparecem, concorrendo. Um o Sr. Boaventura Martins, apresenta como documentos os certificados de onze cadeiras do curso médico, tendo dez aprovações plenas com louvor, e seis diplomas de prémios. O outro concorrente não tem nos seus documentos nem louvor, nem prémio; e tem apenas um R. A administração do hospital classificou o Sr. Boaventura em primeiro lugar, como lhe impunha a lógica e a força inatacável dos documentos. O Governo também o considerou digno dessa classificação. Somente sucedia que o ministro não queria despachar o Sr.Boaventura e ansiava por despachar o cavalheiro do R. Mas (supremo embaraço!) os documentos, os louvores, os prémios, tinham uma evidência iniludível. «Que fazer?» como se diz nas óperas cómicas. O Governo ruminou nas profundas do seu peito, e tirou dele esta sentença: «O Sr. Boaventura não pode ser despachado por não ter sido recenseado». Surpresa! Assombro!...
Eis o que sucedera:
A lei diz: – «Não pode exercer lugar público o indivíduo que não tenha sido recenseado...». Ora acontecera que o Sr. Boaventura não fora recenseado em tempo competente por descuido da câmara. Quando reconheceu esta omissão, requereu precipitadamente à câmara para ser incluído no recenseamento. A câmara respondeu com bom senso que, tendo passado os 21 anos da lei, o Sr. Boaventura não devia ser recenseado, e que seria inútil que o fosse, porque o contingente do seu ano estava plenamente preenchido.
O Sr. Boaventura juntou aos seus papéis este atestado da câmara. Pois foi justamente fundado nele que o Governo o excluiu do lugar! Não podendo negar-lhe a superioridade de classificação – negou-lhe a validade do concurso!
De sorte que, tacitamente, o Governo confessa:
Que dez louvores e seis prémios num curso habilitam, com superior razão, o Sr.
Boaventura a exercer o lugar de médico do banco do hospital: somente que de nada lhe valem louvores e prémios, porque a câmara municipal se esqueceu de o recensear!
Debalde a câmara exclama pela voz dos seus documentos: «Não, por causa de mim, não! esse cavalheiro requereu para ser recenseado! somente é agora inútil que o seja porque o seu contingente está preenchido!»
O Governo insiste: – «Não! desde o momento em que a câmara se esqueceu de o recensear, esse médico pode ser um hábil carpinteiro, um fino miniaturista, mas é-lhe vedada a clínica! E imediatamente se aproveita desta interdição do Sr. Boaventura – para despachar um cavalheiro protegido e querido!
Portanto, o que se colige é que o concurso não tinha esta interrogativa racional: –
«qual é o melhor médico?» Tinha esta estranha interrogativa: – «qual é o mais bem recenseado?»
O mais bem recenseado seria o mais apto, segundo o Governo, para curar, operar, tratar doentes.
Logo o recenseamento substitui o curso. Ora ninguém negará que qualquer soldado do 5 ou do 18 está mais bem recenseado, e prova melhor a eficácia do seu recenseamento, do que o sábio professor Tomás de Carvalho. Portanto quem, segundo a doutrina do Governo, deveria reger a cadeira de anatomia, seria um soldado do 18 com a autoridade da sua fardeta suja, e não o Sr. Tomás de Carvalho com a autoridade do seu largo saber.
Tal é a história jovial e imunda deste concurso!
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Eça de Queirós in "Uma Campanha Alegre" (Janeiro de 1872)
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GAIVOTA DO TEJO

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MISTÉRIOS DA POLÍTICA

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Sempre achei Teixeira dos Santos, Ministro das Finanças do anterior governo, um homem bem formado e com qualificação profissional claramente acima da média. Só nunca percebi como uma pessoa assim aceitou participar no executivo liderado por um político medíocre, de reputação duvidosa, e com qualificação profissional claramente abaixo da média. Há coisas na política difíceis de entender, como acontece no actual governo, diga-se em abono da verdade.
Entretanto, na TVI24, Marques Mendes veio revelar um episódio que confirma a rectidão de carácter de Teixeira dos Santos. O ministro, perante a obstinação de Sócrates em prosseguir a marcha para o abismo, colocou-o perante o facto consumado: no dia 6 de Abril, fez uma declaração ao Jornal de Negócios dizendo: «Portugal vai pedir ajuda externa». A situação tornou-se irreversível e o patarata chamado Sócrates – com um nome assim, só pode ser um patarata – engoliu e cortou relações com o seu ministro.
Chegados aqui, aproveito para fazer duas perguntas:
a)    Como pode um patarata, como o patarata  referido, chegar a Primeiro-Ministro de um país, mesmo considerando que estamos a falar de Portugal?
b)    Como pode gente como Teixeira dos Santos, Luís Amado, ou Mariano Gago, aceitar integrar um governo chefiado pelo patarata em causa?
Não é nenhum espanto que Jorge Lacão, António Mendonça, Santos Silva, ou Gabriela Canavilhas lá tenham estado. Armando Vara também lá cabia. Mas os três referidos, porquê? O que motiva estas personalidades? Nunca entendi!
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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

OS GRANDES VELEIROS

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O ALMIRANTE QUE VEIO DE HOLLYWOOD

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Obama, perante a indiferença do Irão aos apelos para travar o programa nuclear, ameaçou promover um bloqueio ocidental às exportações de petróleo iraniano, coisa de que os ex-persas nem querem ouvir falar, tal a dependência da venda do ouro negro. Então, em resposta, ameaçam fazer o bloqueio do estreito de Ormuz, por onde passa um quinto do petróleo consumido em todo o mundo. Isto,
apesar da presença da V Esquadra Americana ali bem perto, baseada no Bahrain.  Contudo, o comandante da Marinha do Irão, Almirante Habibollah Sayary, diz que o bloqueio é fácil, mais do que beber um copo de água.  
Não sei se é mais fácil ou mais difícil, nem isso interessa agora, embora a Royal Navy diga que tal conversa é basófia. A razão porque falo nisto é mesmo para mostrar uma fotografia do referido Almirante, verdadeira figura saída de um filme. Não sei de do 007, se do Peter Sellers; eventualmente de outro que não me ocorre agora. Mas que é uma personagem saída de Hollywood não tenho qualquer dúvida.
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CRISTO REI

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[05.10.2010]
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PALAVRAS COM QUE SE ESCREVE A HISTÓRIA

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O Governo português, Portugal não vai pedir nenhuma ajuda financeira, nenhuma assistência financeira, pela simples razão que não é necessário.
José Sócrates
"Entre vir ou não vir o FMI, há um país que perderia o prestígio."
José Sócrates
"Eu já ouvi o primeiro-ministro [José Sócrates] dizer, infelizmente, que o PSD quer acabar com muitas coisas e também com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disso e isso é um disparate."
Pedro Passos Coelho
"Se soubesse como o país ia ficar, não fazia a Revolução."
Otelo Saraiva de Carvalho
"Se, seja por que razão for, eu não puder ser nomeado presidente da Assembleia da República, renuncio imediatamente ao mandato de deputado. Não serei só um deputado."
Fernando Nobre
"Não há exemplo de alguém ter feito tanta coisa tão mal feita em tão pouco tempo. José Sócrates vai para o Guinness."
Belmiro de Azevedo
"Devíamos vender o ouro que anda ao pescoço dos santos nas procissões."
D. Manuel Martins, ex-bispo de Setúbal
"Daqui a uns meses vou-me embora... Vou-me embora deste país de merda que me dá náuseas. Ponto final!"
Sílvio Berlusconi
"As medidas que constam deste orçamento são minhas, mas o défice não é meu."
Pedro Passos Coelho
"Para pequenos países como Portugal e Espanha, pagar a dívida é uma ideia de criança. As dívidas dos Estados são por definição eternas. As dívidas gerem-se. Foi assim que eu estudei."
José Sócrates
"É de temer que um dia destes a troika se renda incondicionalmente ao malthusianismo e apresente um plano de diminuição, talvez em um terço, da população portuguesa."
Rui Pereira
"O Governo é tão democrata-cristão como Bin Laden."
Manuel Carvalho da Silva
"O euro é uma jangada prestes a afundar-se."
Dominique Strauss-Kahn
“A partir de 2013 todos estaremos mais confiantes de que Portugal terá dobrado o cabo das tormentas."
Pedro Passos Coelho
"Portugal desceu ao túmulo."
Eduardo Lourenço
(Fonte: “Diário de Notícias”)
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

OS GRANDES VELEIROS

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"Astrid"
O brigue “Astrid” foi construído na Holanda em 1918 e navegou com bandeira holandesa, primeiro, e depois com as bandeiras libanesa e inglesa, antes de voltar à bandeira do País de origem. É um navio de treino com 41,65 m de comprimento, 6,48 m de boca, e 2,65 m de calado. Tem 450 m2 de pano e o mastro maior tem 26 m de altura. 

OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO

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Parasitismo é a qualidade ou condição de parasita, sendo parasita o que vive ou come à custa alheia. Por exemplo, debicar no blog de outrem e usar imagens ou textos debicados. É o caso desta  fotografia de um bonito lírio, adaptada do blog “Horta à Porta”voilá!

SÓ POR CIMA DO CADÁVER DELES!

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Imagem da assistência ao funeral de Kim Jong Il, debaixo de neve abundante.

Entretanto, a Agência Central de Notícias da Coreia divulgou o seguinte comentário:
Alguém, mesmo em sonhos, imaginou esta perda? Defenderemos com a nossa vida o Comité Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, liderado pelo querido e respeitado Kim Jong Un, em qualquer situação de tormenta ou dificuldade.
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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O JOVEM DARWIN PARTE PARA UMA VIAGEM DE 5 ANOS

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Há 180 anos, a 27 de Dezembro de 1831, Charles Darwin, com 22 anos, embarca no navio da Marinha Real Britânica “Beagle” para uma viagem de 5 anos por Cabo Verde, Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Peru, Taiti, Ilhas Galápagos, Nova Zelândia, Austrália, Tasmânia, Ilhas Maurícias e Açores. Volta a Inglaterra em 2 de Outubro de 1836. Durante a viagem faz importantes observações, a partir das quais vem a elaborar a Teoria da Evolução das Espécies e da Selecção Natural, provavelmente a mais importante obra da história da Biologia.
O navio "Beagle" (ao centro), no qual Darwin viajou durante 5 anos
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PEÇA DE MUSEU


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Guindaste para içar embarcações, verdadeira peça de museu. Curiosamente, está operacional e bem conservado na Doca do Bom Sucesso. É do tempo da forte influência francesa em Portugal.
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A "ESTRELA DE BELÉM"

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Estamos na época do Natal, quando a "Estrela de Belém" é frequentemente recordada. A descrição da estrela é da autoria de Mateus, no Capítulo 2 do seu Evangelho, referindo o papel que teve na orientação dos Reis Magos. Há divergências sobre se os conduziu directamente até Jesus, ou se os levou primeiro ao contacto com Herodes. É matéria biblicamente complicada e polémica de que não vamos ocupar-nos. Falaremos apenas, sinteticamente, sobre o que terá sido o fenómeno astronómico conhecido pela designação de "Estrela de Belém".
Antes, é preciso esclarecer que a cronologia do que terá acontecido na Judeia não é tão simples e linear como surge nos textos actuais, nada acontecendo com a continuidade e ritmo que neles são sugeridos: horas ou dias podem ser anos. Finalmente, digamos que se designava por estrela muitas coisas, incluindo planetas, cometas, meteoros e mesmo fenómenos astrológicos, como a visibilidade de astros habitualmente não observáveis, ou as conjugações de planetas de que falaremos à frente. Por outro lado, era comum interpretar fenómenos astronómicos como anúncio do nascimento de reis.
  • Nesse sentido, a primeira hipótese é a de a "Estrela de Belém" se referir à tripla conjugação de Júpiter e Saturno ocorrida por três vezes no ano 7 AC. A conjugação consiste na aproximação não usual de planetas e, na realidade, nesse ano ocorreram três conjugações de Júpiter e Saturno, em Maio, Setembro e Dezembro.
  • No ano 6 AC houve uma conjugação de três planetas, Júpiter, Saturno e Marte.
  • Nos anos 5 e 4 AC, foram observados vários cometas.
  • Também no ano 5 AC ocorreu a explosão de uma estrela (nova).
  • Já era por vezes possível observar Urano, que ainda não tinha sido descoberto oficialmente.
  • E, como é natural, devem ter sido observados muitos meteoros, algum ou alguns, eventualmente com características pouco usuais.
Podia ainda referir-se outros fenómenos celestes ocorridos na época, mas a verdade é que há enormes dúvidas sobre o que foi a “Estrela de Belém” referida por Mateus. É possível que o evangelista não se referisse literalmente a uma estrela, mas usasse apenas uma figura literária, ou melhor ainda, uma figura de retórica teológica. Seja como for, a história  tradicional que se popularizou não corresponde minimamente a nenhuma das interpretações históricas conhecidas.
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

CASCAIS

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Largo do Visconde da Luz
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O IOIÔ DAS ECONOMIAS

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No ano que agora acaba, o Brasil passou a ser a sexta maior economia mundial, ultrapassando o Reino Unido, diz o Center for Economics and Business Research (CEBR). Com 200 milhões de habitantes, cerca do triplo da Inglaterra, o crescimento do Brasil é atribuído à produção de grande quantidade de bens vitais, como alimentação e energia.
O mesmo CEBR dá também notícia de que a Rússia subiu para o nono lugar, prevendo a sua chegada à quarta posição em 2020; e que a Índia, do décimo lugar actual, subirá para o quinto, também em 2020. Aliás, haverá outras modificações importantes no ranking, como a ultrapassagem da França pelo Reino Unido, e a descida da Alemanha, de quarto para sétimo lugar (ver o quadro ao lado). A tendência geral até 2020, é de subida das economias asiáticas e descida das europeias, como está já a acontecer.
O quadro da figura tem informação curiosa que merece atenção.
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domingo, 25 de dezembro de 2011

OS GRANDES VELEIROS

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O navio "Constitution", da Marinha Americana, numa inspirada pintura a óleo
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FIM DA URSS

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Faz hoje 20 anos que Mikhail Gorbachev resignou como Presidente da União Soviética, declarando extinto o seu gabinete e dissolvendo a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, colossal império comunista que existia desde 1922. Foi, provavelmente, o mais importante facto político da segunda metade do Século XX.
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Uma família de Moscovo ouve o discurso de resignação de Gorbachev na televisão soviética, no dia 25 de Dezembro de 1991.
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AÇORES

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Bonito mapa dos Açores de 1584
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A ESQUERDA E AS LAVAGENS AO CÉREBRO

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O País está “de tanga”? Não!... O País, já esteve “de tanga”. Isso foi há alguns anos! Neste momento, o País já nem tanga tem.
E quem é responsável pela situação? Os que constatam o facto e agem em conformidade, bem ou mal como faz o actual governo, ou os que defenderam teorias, práticas e políticas que conduziram em linha recta ao descalabro vigente?
A pergunta pode parecer descabida, é verdade, mas tem razão de ser, porque tudo quanto tenha a ver com medidas para sair do atoleiro em que nos meteram é considerado criminoso e manobra sinistra para favorecer interesses de alguns: da direita, naturalmente. Há discursos, com que não se pode estar em desacordo, a circular caudalosamente na Net, que atribuem ao actual executivo o ónus das medidas que estão a ser tomadas para tirar Portugal do buraco em que está mergulhado. A suspensão de alguns direitos e regalias, o fim de garantias socialmente importantes e a austeridade, acontecem porque um governo de direita é suposto tomar tais medidas. Não porque sejam necessárias, mas porque faz parte de natureza dos governos de direita tomá-las. É a técnica exemplar da manipulação da opinião pública, conduzida com enorme mestria. Por exemplo, este fragmento de hipotética carta dirigida ao Primeiro-Ministro por uma doutorada filha de emigrantes, enfrentando dificuldades comuns aos jovens academicamente graduados de Portugal: [...] Bom, esta carta que, estou praticamente certa, o senhor não irá ler já vai longa. Quero apenas dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: aos 42 anos já dei muito mais a este país do que o senhor. Já trabalhei mais, esforcei-me mais, lutei mais e não tenho qualquer dúvida de que sofri muito mais. Ganhei, claro, infinitamente menos. Para ser mais exacta o meu IRS do ano passado foi de 4 mil euros. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. No ano passado ganhei 4 mil euros. Deve ser das minhas baixas qualificações. Da minha preguiça. Da minha incapacidade. Do meu excedentarismo. Portanto, é o seguinte, senhor primeiro-ministro: emigre você, senhor primeiro-ministro. E leve consigo os seus ministros. O da mota. O da fala lenta. O que veio do estrangeiro. E o resto da maralha. Leve-os, senhor primeiro-ministro, para longe. Olhe, leve-os para o Deserto do Sahara. Pode ser que os outros dois aprendam alguma coisa sobre acordos de pesca.
É, claramente, o exemplo de como se lança o labéu sobre quem toma medidas para remediar as asneiras dos outros. A esquerda fá-lo impudicamente, sem vergonha ou escrúpulos. E a direita encaixa: toda a vida o fez, excluindo as ditaduras de direita. Façamos juízos e tomemos decisões de acordo com o que o nosso entendimento acha mais correcto e não com o que está na moda, ou alguns “iluminados” pretendem impor-nos. A técnica de lavar cérebros atingiu eficácia de assustar. As imagens patéticas que chegam da Coreia do Norte estão aí para ilustrar o que afirmo.
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sábado, 24 de dezembro de 2011

FOTOGRAFIAS

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(Adapatação duma fotografia do blog "Horta à Porta")
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AMANHECER EM LISBOA HOJE

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

O LUGRE "CREOULA"

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O lugre "Creoula", irmão do "Argus" e do "Santa Maria Manuela", navegou na faina da pesca do bacalhau, na Terra Nova, de 1937 a 1973. Em 1987, foi integrado na Marinha Portuguesa para actividades de instrução, onde ainda se matém. Depois de incorporado na Armada, o seu primeiro comandante, de 1987 a 1992, foi o capitão-de-mar-e-guerra João Manuel Silva Dias, meu colega no Liceu de Viana do Castelo, a quem deixo aqui uma modesta homenagem.
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A GREVE DOS CAFAJESTES

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Os povos organizam-se socialmente de forma política variada. Num extremo está a ditadura, ou as ditaduras, e no outro a democracia. Alegadamente, na democracia a vida da sociedade é conduzida de acordo com a vontade da maioria, o que representa forma superior de vida ao evitar a imposição de normas que interessam apenas a minorias, em prejuízo de todos os outros.
Ditas as coisas assim, parece ouro sobre azul. Mas não é: a democracia, pela sua natureza tolerante, consente o desabrochar de movimentos minoritários e elitistas capazes de impor à maioria, incluindo às franjas mais desfavorecidas socialmente, situações de flagrante injustiça, comparáveis às observadas nas piores ditaduras. Por exemplo, quando os maquinistas dos aviões da TAP imobilizam as aeronaves de transporte colectivo em épocas que afectam de forma desumana grande número de cidadãos dependentes deles para passarem o Natal, ou a Páscoa, com as famílias, para referir apenas duas situações; ou quando o pessoal dos serviços de saúde se recusa a garantir actividades necessárias à normal assistência médica dos doentes. É indiscutível que a democracia tem de encarar a necessidade de impedir este tipo de comportamentos, suportados por princípios claramente não democráticos, usados pelos que se valem da generosidade da democracia para a destruírem e, ao mesmo tempo, cuidarem dos seus interesses egoistas.
Vem isto a propósito da greve dos maquinistas da CP, levada a cabo na antevéspera, na véspera e no dia de Natal. Tais janotas fazem greve porque exigem que os processos disciplinares, abertos pela CP aos maquinistas que se recusaram a cumprir os serviços mínimos obrigatórios aquando da última greve geral, sejam sumariamente arquivados. E fazem-no, indiferentes ao transtorno causado aos utilizadores dos comboios - que não são os mais favorecidos socialmente -, ao prejuízo económico que causam à empresa onde trabalham e ao País, e às  regras da democracia que lhes permite comportarem-se como verdadeiros malfeitores. Um nojo!
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

OS GRANDES VELEIROS

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NÃO É A "PARTÍCULA DE DEUS": É SÓ A CHi_b (3P)

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A preocupação dominante no Large Hadron Collider (LHC) do CERN em Genebra é, como se sabe, detectar e identificar a chamada "partícula de Deus", o bosão de Higgs, por enquanto apenas fruto de elaboração teórica dos físicos e provável responsável pela força que dá a massa  à matéria. Em linhas toscas, o trabalho consiste em acelerar enormemente protões a circular em direcções opostas e promover a sua colisão frontal em locais do extenso circuito onde existe  capacidade de analisar os fragmentos resultantes das colisões. Até ontem não tinha sido observado o bosão de Higgs e, em boa verdade, ainda não se tinha detectado nenhuma partícula nova. O dia de hoje é uma data importante na vida do LHC: foi ali identificada a primeira estrutura sub-atómica, até agora também só existente no domínio da teoria, a partícula CHi_b (3P), responsável pela força que mantém a coesão entre os quarks. Para “descomprimir”, diremos que os quarks são constituintes fundamentais da matéria, fazendo parte da estrutura de protões e neutrões, juntamente com os leptões - os electrões são leptões (Figura).
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UMA MANHÃ SEBASTIÂNICA EM LISBOA

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

DITADURAS FASCISTAS E COMUNISTAS

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Na Sábado, morreu o querido líder da Coreia do Norte, Kim Jong Il. Segunda-feira, o PCP expressou condolências ao povo norte-coreano e à direcção do Partido dos Trabalhadores da Coreia. Na sequência de alguns comentários críticos nalguns jornais sobre tais condolências, o PCP publicou no seu site da Net uma informação onde diz que não se identifica com fenómenos e práticas da realidade política coreana, mas “reafirma a sua posição de respeito e solidariedade para com a soberania da República Popular Democrática da Coreia – RPDC, o direito que lhe assiste a determinar o seu rumo próprio de desenvolvimento em condições de paz e não ingerência nos seus assuntos internos, e o objectivo da reunificação pacífica da nação coreana."
O PCP dá todas na ferradura e nenhuma no cravo. Na realidade, perante a informação publicada no site, ficamos a saber que os comunistas portugueses não se identificam com a prática política da Coreia do Norte, mas acham que não devem criticar a abominável ditadura que é a chamada República Popular Democrática da Coreia pois é a esta que cabe determinar o seu rumo. Curiosamente, o PCP não tem o mesmo recato quando se trata de ditaduras de direita, em relação às quais não só não se coíbe de emitir críticas violentas, como apoia intervenções estrangeiras, incluindo guerrilha e terrorismo. Isto é, há ditaduras repugnantes a que assiste o direito de determinar o rumo próprio de desenvolvimento sem ingerência nos seus assuntos internos, e ditaduras repugnantes a que não assiste o direito de determinar o rumo próprio de desenvolvimento sem ingerência nos seus assuntos internos – as primeiras são as comunistas e as outras são as outras. Catita!...
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A ALDEIA DE XISTO

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Piódão
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UM CASO TÍPICO DE INSENSATEZ

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Marinho Pinto é, claramente, um caso de gosto pela ribalta, onde se mantém através do uso de verborreia caudalosa e popularucha. Usa a ribalta para acertar contas antigas relativas a coisas não resolvidas a seu contento, atravessadas na garganta de forma incómoda. A quase totalidade do discurso, seja como jornalista, seja como Presidente da Ordem dos Advogados, resume-se à destilação de fel e vinagre. Os juízes eram os principais alvos até há uns meses, mas deram lugar agora à Ministra da Justiça, objecto de virulentos ataques que, insuportavelmente para ele, a Senhora ignora olimpicamente.
Hoje, escreve no “Jornal de Notícias”: 
É certo que mais cedo ou mais tarde o chefe do governo acabará por reconhecer a insensatez de ter nomeado para ministra da justiça uma advogada politicamente instável, proveniente de uma das grandes sociedades de advogados de Lisboa, aparentemente, mais interessada em beneficiar amigos e familiares e em ajustar contas com quem a derrotou democraticamente dentro da OA do que em resolver com seriedade os problemas da justiça. Só que, até lá, ela lá vai continuar com a sua actuação errática, inebriada pela bajulação do seu séquito de boys/cortesãos e deslumbrada com as sucessivas manchetes que origina nos tablóides lisboetas.
É uma peça tipicamente ilustrativa do estilo do Senhor.  É possível, como Marinho Pinto diz, que o chefe do governo venha a reconhecer a insensatez de ter nomeado a actual Ministra da Justiça, porque o chefe do governo, no curto período em que exerceu funções, já deu mostras de ser capaz de reconhecer erros e actos insensatos. Mas uma certeza eu tenho: jamais o advogado Marinho Pinto reconhecerá a insensatez de escrever coisas como a que acabo de transcrever.
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CITAÇÔES

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Se perderes, não percas a lição.

Dalai Lama
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MORREU KIM JONG IL

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domingo, 18 de dezembro de 2011

OS GRANDES VELEIROS

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O “Zawisza Czarny” é o segundo navio de treino com este nome: o primeiro foi uma escuna com casco de madeira construída em 1902. O actual, de três mastros e casco de aço, foi construído em Gdansk, na Polónia, em1952.
Começou por ser navio de pesca, antes de ser convertido em navio escola para oficiais da Marinha Mercante da Polónia e, depois, navio de treino para escuteiros.
Em 1994, encalhou no estreito de St Lawrence, mas foi posto a flutuar novamente ao fim de 48 horas, com o auxílio de dois rebocadores.
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