segunda-feira, 1 de outubro de 2012

OLIGOFRÉNICO E SACANINHA

.
A fúria corre o mundo muçulmano porque uns tipos péssimos, de gosto e talento péssimos,  fizeram um filme péssimo sobre o profeta da religião Islâmica, Maomé. É a ofensa gratuita, explicável apenas por atraso mentalou perto dissodos promotores da iniciativa.
O Islamismo está compreensivelmente associado à imagem da prática de actos violentos, bárbaros e condenáveis e o comportamento de alguns—bastantes—dos que se dizem seus seguidores não ajuda muito a mudar tal imagem. Mas há também fiéis do Islão que merecem o nosso respeito porque não comungam nessas práticas de terror e são cidadãos cuja crença religiosa deve ser respeitada, como todas as outras.
Serve isto para dizer que, sendo a religião matéria que toca fundo nos que acreditam, deve ser respeitada de todas as formas, incluindo a abstenção de a parodiar; e vem a propósito dum artigo a sair na revista "New Yorker" em 8 de Outubro e a que já se tem acesso através dos spots promocionais da publicação. Chama-se a peça de mau gosto "My Man" e é escrita por um tal Paul Rudnick, autor de outras pessegadas como "I Was Gandhi’s Boyfriend". Na pessegada agora em causa, Rudnick pretende fazer humor a partir da recente informação sobre uma possível mulher de Jesus Cristo, mencionada num papiro estudado pela Dr.ª King, da Universidade Harvard. Rudnick conta uma história envolvendo Cristo e uma tal Melissa—alegadamente casada com o profeta do Cristianismo—que não tem piada e ofende gratuitamente quem é crente.
Falo nisto para dizer que não é só em pasquins que se publica lixo. Rudnick, que não conheço de lado nenhum—nem da tropa—configura o intelectual com um traumatismo freudiano secreto que o leva a ofender gente, sejam seguidores de Gandhi, sejam cristãos, budistas, seguidores de Zaratustra, sócios do Benfica, do Sporting, o que quer que seja. Rudnick não é um sacana porque não tem estudos para isso—Rudnick é o exemplar típico do sacaninha.
.
Se quiser ler o texto referido—com uma mola no nariz—fica aqui o link para a revista online. Como não sei se o link continuará a funcionar durante muito tempo, pode ler a transcrição do texto aqui.
.

Sem comentários:

Enviar um comentário