sexta-feira, 2 de agosto de 2013

CRESCE E DESAPARECE

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Suecos e noruegueses têm, em média, entre um 1,8  e 1,9 m de altura e morrem duas vezes mais de doença cardíaca que os portugueses com 1,7 a 1,8 m. Pessoas altas raramente morrem tarde. Os japoneses que chegam aos 100 anos são 10 cm mais baixos que a média geral no País. Na Europa, a metade das nações com altura média mais alta tem 48 centenários por milhão de habitantes. A metade dos mais baixos tem 77 por milhão.
Há razões biológicas para o facto. A mais consistente parece ter a ver com os pulmões: as pessoas altas não têm pulmões tão eficientes para satisfazer as necessidades de ventilação como as pessoas mais baixas. Por outro lado, é possível que os "grandes", porque têm mais células, e consequentemente mais células potencialmente mutantes, tenham maior probabilidade de ter tumores malignos—é uma explicação matemática evidente. Além disso, o crescimento pode ser atribuído, nalguns casos, à alimentação na juventude, eventualmente com algum risco oncogénico. E o maior comprimento dos membros inferiores, ao aumentar a altura da coluna de sangue entre os pés e o coração, diminui a velocidade da circulação de retorno e aumenta a probabilidade de acidentes vasculares embólicos.
Por isso, embora os altos e as altas tenham normalmente mais sucesso na vida, pagam um preço: o sucesso é maior, mas a vida menor.
É a vida, diria Guterres com toda a propriedade!
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