Suecos e
noruegueses têm, em média, entre um 1,8 e 1,9 m de altura e morrem duas vezes mais de
doença cardíaca que os portugueses com 1,7 a 1,8 m. Pessoas altas raramente
morrem tarde. Os japoneses que chegam aos 100 anos são 10 cm mais baixos que a
média geral no País. Na Europa, a metade das nações com altura média mais alta
tem 48 centenários por milhão de habitantes. A metade dos mais baixos tem 77
por milhão.
Há razões
biológicas para o facto. A mais consistente parece ter a ver com os pulmões: as
pessoas altas não têm pulmões tão eficientes para satisfazer as necessidades de
ventilação como as pessoas mais baixas. Por outro lado, é possível que
os "grandes", porque têm mais
células, e consequentemente mais células potencialmente mutantes, tenham maior probabilidade de ter tumores malignos—é
uma explicação matemática evidente. Além disso, o crescimento pode ser atribuído, nalguns casos, à alimentação na
juventude, eventualmente com algum risco oncogénico. E o maior
comprimento dos membros inferiores, ao aumentar a altura da coluna de sangue
entre os pés e o coração, diminui a velocidade da circulação de retorno e
aumenta a probabilidade de acidentes vasculares embólicos.
Por isso, embora
os altos e as altas tenham normalmente mais sucesso na vida, pagam um preço: o sucesso é maior, mas a vida menor.
É a vida, diria Guterres com toda a propriedade!
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