Um investigador colocou uma rã em cima da mesa e
disse-lhe: salta! Algumas vezes a rã saltava, outras não. Depois cortou-lhe as
pernas, pô-la na mesa e repetiu a observação. A rã nunca saltava. O
investigador concluiu que, cortando as pernas à rã, ela deixa de ouvir.
O clima está a mudar, diz-se. É o aquecimento global—antropogénico,
para ser mais fino. Nos últimos anos, tem havido mais guerras e a conflitualidade
social aumentou. Logo, o aquecimento global provoca aumento dos conflitos
armados e da criminalidade.
O que há de comum nas duas conclusões anteriores? Há em
ambas uma interpretação enviesada, ou seja, há um viés à margem do método
científico. Este exige a verificação de que o fenómeno observado não ocorre, se
se elimina a suposta causa. É preciso ver o que acontece com a rã se lhe
devolvemos as pernas. É isso impossível? Claro que é! Mas também não
conseguimos baixar a temperatura global para confirmar se as guerras e a
conflitualidade social diminuem.
O que fazem—e fizeram—os ilustres investigadores das
consequências sociológicas do aquecimento global? Compararam com o que
aconteceu em épocas diferentes, em lugares geográficos diversos, e onde houve alterações climáticas: desde 10.000 anos AC até hoje! Naturalmente,
usando documentos cujo rigor científico é mais que duvidoso, estamos nós a ver.
Pode aceitar-se que, havendo condições sociais tão
distintas ao longo da História e em regiões tão diferentes, se usem esses dados
para tirar conclusões, mesmo que os investigadores sejam argutos quase até à omnisciência?
Não pode! Mas o trabalho está publicado na revista "Science", uma das
duas publicações científicas mais prestigiadas no planeta azul. É a vida!...
.
Sem comentários:
Enviar um comentário