sábado, 10 de agosto de 2013

LUCIUS ANNAEUS SENECA

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Séneca (Lucius Annaeus Seneca) nasceu em Roma no ano 5 AC e viveu a maior parte da vida no Século I, pois morreu no AD 65. Era um intelectual, um sábio, um escritor, um homem extraordinário. Um belo dia, escreveu o seguinte:

Tempo virá em que a investigação aplicada, ao fim de longos períodos, fará luz sobre coisas agora ocultas. Uma vida, mesmo inteiramente dedicada ao firmamento,  não é bastante para investigar tão vasta matéria... Desta maneira, o conhecimento só se desenvolverá em gerações sucessivas. Haverá tempo em que os nossos descendentes se admirarão que ignoremos coisas claras para eles. Há muitas descobertas reservadas para o futuro, quando a nossa memória já estiver apagada. O universo é um pequeno e triste objecto, a menos que contenha alguma coisa para cada geração investigar. A natureza não revela os seus mistérios duma vez e a todos.

Estamos no Século XXI, vinte séculos depois de Séneca escrever o citado, e a conversa parece banal a alguém desprevenido. Recordo que a ciência moderna, como método de investigação da natureza, só começou no Século XVII, com Galileu, primeiro,  e Newton depois. Entretanto, banalizou-se e já nem nos apercebemos da faísca que era o pensamento de Séneca. Para ter ideia do que ele falava, lembro que o conhecimento da existência de galáxias independentes da Via Láctea, data do princípio do Século XX, depois dos estudos de Hubble—há menos de 100 anos! Há milhões delas no universo!
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