Despedido, foi o caso parar aos tribunais. No Tribunal da
Relação do Porto, os senhores juízes-desembargadores acharam mal o despedimento
e escreveram (chama-se a atenção para o facto de que não disseram—escreveram,
segundo a notícia): "... com o
álcool, o trabalhador pode esquecer as agruras da vida e empenhar-se muito mais
a lançar frigoríficos sobre camiões, e por isso, na alegria da imensa
diversidade da vida, o público servido até pode achar que aquele trabalhador
alegre é muito produtivo e um excelente e rápido removedor de eletrodomésticos". Tal e qual!
Uma dúvida se levanta na mente de quem lê a sentença:
alguém fez a determinação da alcoolemia nos excelentíssimos desembargadores que
redigiram o naco de prosa em apreço? Ou estamos em face de um caso de plágio de Vinicius de Moraes?
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(Com colaboração de J. Castro Brito)
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(Com colaboração de J. Castro Brito)
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