Russel foi um génio. Matemático e filósofo, recebeu o
Prémio Nobel da Literatura em 1950. Era ateu e explicava porquê. Fê-lo
claramente numa conferência intitulada "Why I Am Not a Christian", proferida em Março de 1927, no Battersea Town Hall de Londres. Voltarei
a ela nos próximos tempos porque é importante, embora discutível, como tudo em
Filosofia e Religião. Russel tinha humor e não gostava de Churchill, como se
compreende adiante.
Nessa conferência, a respeito das provas da existência de
Deus, referindo o argumento do plano divino, falou assim:
Quando se examina o argumento do plano divino, é surpreendente
as pessoas acreditarem que o mundo, com todas as coisas que contém, com todos
os seus defeitos, é o melhor que a omnipotência e a omnisciência conseguiram
produzir em milhões de anos. Na verdade, não consigo acreditar nisso. Acham que, se
tivessem a omnipotência e a omnisciência e milhões de anos para aperfeiçoar o
mundo, não eram capazes de produzir nada melhor do que a Ku-Klux-Klan, os
fascistas, ou o senhor Winston Churchill?
Esta é de arrasar qualquer um. Infelizmente para Russell,
Churchill tinha carapaça de aço, era duro de roer e estava a borrifar-se para
ele.
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