sábado, 3 de agosto de 2013

RUSSELL, CHURCHILL E O PLANO DIVINO

.

Russel foi um génio. Matemático e filósofo, recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1950. Era ateu e explicava porquê. Fê-lo claramente numa conferência intitulada "Why I Am Not a Christian",  proferida em Março de 1927, no Battersea Town Hall de Londres. Voltarei a ela nos próximos tempos porque é importante, embora discutível, como tudo em Filosofia e Religião. Russel tinha humor e não gostava de Churchill, como se compreende adiante.
Nessa conferência, a respeito das provas da existência de Deus, referindo o argumento do plano divino, falou assim:

Quando se examina o argumento do plano divino, é surpreendente as pessoas acreditarem que o mundo, com todas as coisas que contém, com todos os seus defeitos, é o melhor que a omnipotência e a omnisciência conseguiram produzir em milhões de anos. Na verdade,  não consigo acreditar nisso. Acham que, se tivessem a omnipotência e a omnisciência e milhões de anos para aperfeiçoar o mundo, não eram capazes de produzir nada melhor do que a Ku-Klux-Klan, os fascistas, ou o senhor Winston Churchill?  

Esta é de arrasar qualquer um. Infelizmente para Russell, Churchill tinha carapaça de aço, era duro de roer e estava a borrifar-se para ele.
.

Sem comentários:

Enviar um comentário