A ONU divulgou na
semana passada um relatório onde se diz que o regime da Coreia do Norte
é um horror, com execuções públicas, torturas, atrocidades indescritíveis e
outras coisas que só acontecem lá e nos pesadelos. A Assembleia da República
decidiu associar-se à ONU na condenação do regime de Pyongyang.
O inefável PCP votou contra porque "o relatório se insere
na campanha de justificação da presença norte-americana na região". E acrescenta
que o PCP defende "um projecto de liberdade, democracia, justiça e progresso
social" e que esse projecto "o distancia das opções e orientações da república
Popular Democrática da Coreia", blá, blá, blá.
Já conhecemos a teoria e a prática dos "projectos"
do PCP desde o PREC—eram as mais amplas liberdades do dr. Cunhal e os
saneamentos do senhor Saramago no "Diário de Notícias": contraste
icónico que fica para memória futura. Ou seja, na prática a teoria é outra—já
não embrulham senão uma minoria amnésica ou muito mal esclarecida.
Sei que isto é "anticomunismo primário", mas
o primarismo só se combate com pêlo do mesmo primarismo.
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