Lê-se nos jornais que o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Grécia vai visitar a Rússia em vésperas do primeiro Conselho Europeu de Tsipras. A coisa tem sabor a ameaça: se a Europa não se comove connosco, voltámo-nos para os russos.
Não
era mal pensado, não se desse o caso da Rússia caminhar também para a falência a passo acelerado,
com a economia e as finanças em adiantado estado de putrefacção. O Ministro
grego corre sério risco de regressar a Atenas apenas com um pedido de ajuda de
Vladimir Putin.
A
ideia dos gregos, a quem eu desejo o maior sucesso na luta contra a austeridade
luterano-punitiva da Senhora Merkel, só seria mais peregrina se fossem pedir
auxílio à Venezuela e à Revolução Bolivariana do saudoso Chávez.
Na
triste realidade da actual conjuntura política e económica, o único País capaz
de ajudar alguém é a América e a América não está para aturar Tsipras. Fica-se por
algumas palavras simpáticas e de circunstância de Obama porque não tem de lhe pagar as dívidas. Nem
a ele, nem a Portugal. Palavras bonitas, que tanto excitaram o Dr. Soares, saem baratas e fazem toilette. Infelizmente, só isso.
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