Não sei quem é Paulo Barradas,
a não ser que escreve no "Expresso", onde se diz ser gestor. Hoje, disserta
sobre as personalidades que desde há dias apascentam a Pátria Helénica, o que pode
ser resumido em três transcrições:
i) O marketing tão comentado das
suas vestes informais teve mais sucesso até agora do que os contactos europeus
dos últimos 15 dias. O que não é nada bom sinal para os gregos.
ii) Tsipras tem
duas opções para sair do imbróglio em que as suas promessas o meteram: a
drástica e a levemente catastrófica.
A opção drástica é
convencer os restantes contribuintes europeus a suportar o modo de vida grego
anterior à crise financeira, bastante melhor que o actual. Mesmo que isso
signifique uma ainda maior redução da qualidade de vida dos restantes
contribuintes europeus. Esta opção passaria por um perdão total ou parcial da
dívida da Grécia, como prometido ao povo grego, por parte dos restantes
contribuintes europeus, que representam cerca de 80% dos credores.
Esta opção é drástica pelo custo que representa para os contribuintes europeus e pela forma como é "imposta" pelo governo grego: se os europeus quiserem que a Grécia
fique no Euro têm que perdoar a dívida.
A isto chama-se
solidariedade ao estilo grego.
iii) A opção levemente catastrófica é a saída da Grécia do Euro. Se Tsipras não conseguir cumprir o que prometeu, terá que considerar a saída da Grécia do Euro, dada a impossibilidade de se vergar aos restantes contribuintes europeus seus credores.
Apesar dos esforços do governo grego em apregoar a catástrofe que seria para a Europa a sua saída do Euro, ameaçando com a sua aproximação à Rússia e com o fim do Euro como um castelo de cartas, os actuais líderes europeus não se deixam intimidar porque consideram este cenário ainda mais catastrófico para os gregos.
Instintos suicidas
à parte, ninguém acredita que a Grécia escolha esta via sacra para sair da
crise, mas a maioria dos líderes europeus está disposta a pagar para ver.
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