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Desde que passei à categoria de pensionista, optei por me colocar completamente à margem dos problemas da saúde, dos médicos, dos enfermeiros, dos auxiliares, dos hospitais públicos, rebabá. Não estou, por isso, em condições de me pronunciar sobre a greve dos enfermeiros: sei apenas que querem mais dinheiro; ponto final. É possível, e até provável, que estejam mal pagos, mas desconheço: considerando que quase todos os trabalhadores portugueses estão nessas condições, muito possivelmente eles também estão. Mas, então, como podem suportar o prejuízo de greve tão longa, sem remuneração?
Consta que estarão a ser subsidiados por alguém, mas não se percebe quem ― mistério!... Tal deixa-me com o maxilar inferior caído. De onde vem a verba tapa-buracos para uma empresa desta natureza? Será que vem do Além? Muito provavelmente, vem…
― Por razões éticas, abstenho-me de falar dos problemas deontológicos que a greve implica.
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