Saturno tem mais de 60 satélites naturais, o que é uma fartura. O mais conhecido chama-se Titã e é o planeta mais parecido com a Terra que se conhece. Está lá uma sonda enviada pela NASA, a Cassini, num programa misto com os europeus, que tem enviado dados excelentes para a Terra.
Como a temperatura é de cerca de 180 graus negativos, a água é uma rocha semelhante às nossas rochas constituídas por outros compostos. Aliás, parece que só a Terra tem condições para ter água no estado líquido à superfície. A temperatura não é suficientemente baixa para a congelar toda, nem suficientemente alta para a evaporar na totalidade. Em Titã, a água líquida está no interior do planeta. Líquida e quente: de vez em quando sai de lá exactamente como uma erupção vulcânica por cá.
Embora em Titã não
haja água líquida, outro líquido a substitui – o metano. Na atmosfera há metano
pouco concentrado nas camadas mais baixas (a humidade relativa é de 40%), e
mais concentrado nas camadas altas. Volta, não volta, chove metano – não com
muita frequência, mas chove. A queda desse hidrocarboneto forma lagos em tudo
semelhantes aos do nosso planeta. Alguns até já têm nomes iguais aos terrestres
porque são parecidos com eles. E correm rios em vales, com trajectos sinuosos, afluentes,
e tudo. Tudo não, porque falta a erva a crescer nas margens, as vaquinhas a
pastar, e os pastores a tocar flauta de cana.
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A imagem mostra uma "fotografia" dos lagos de Titã, enviada pela sonda Cassini que levou quase 7 anos a lá chegar.
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