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Os faróis constituem ajudas à navegação desde os tempos mais remotos. Inicialmente funcionavam quase exclusivamente para assinalar a entrada dos portos e quase nada para assinalar locais perigosos, ou permitir fazer o ponto da localização das embarcações.
Começaram por ser simples fogueiras acesas no alto de colinas porque a altura facilitava a sua visibilidade. Só bastante depois se começaram a construir torres altas onde eram colocadas as fontes luminosas constituídas por materiais combustíveis. Um dos mais antigos, se não o mais antigo, dos que há notícia foi o Farol de Alexandria, construído no Século 3 AC e destruído por dois terramotos em 1303 e 1323.
Com o aparecimento da electricidade, a técnica dos faróis teve grande desenvolvimento. A luz passou a ser concentrada em feixes com pequena dispersão e longo alcance, graças a ópticas desenvolvidas por franceses, com lentes e prismas. Ainda hoje, cerca de ¾ dos faróis do mundo utilizam ópticas fabricadas em França, País que é um centro de referência nesta técnica. Assinalando a tradição, está aberta até Novembro uma exposição histórica sobre faróis, no Museu da Marinha em Paris. Ali se podem ver objectos alusivos a monumentos e instrumentos, desde o Farol de Alexandria, até à evacuação dos dois últimos faroleiros franceses do farol de Kéréon, no Mar de Iroise, em 2004. A automatização acabou com uma profissão dura mas romântica, que alimentou a imaginação de autores como Júlio Verne (O Farol do Fim do Mundo), Jean-Pierre Abraham (Armen) e Henri Queffélec (Un feu s’allume en mer).
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Em cima, a reconstituição do Farol de Alexandria; e à direita, o Farol da Guia, em Cascais
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Em cima, a reconstituição do Farol de Alexandria; e à direita, o Farol da Guia, em Cascais
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(O vídeo publicado em baixo foi-me enviado pelo Dr. Pedro Masson Poiares Baptista, a quem agradeço. Peço desculpa pela publicidade que não consegui eliminar. Vê-se muito bem em ecrã completo)
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