Na sua habitual coluna da “Revista” do “Expresso” da semana passada, Clara Ferreira Alves ‘malha’ na direita e ‘abençoa’ a esquerda, ou certa esquerda, como sempre faz - desta vez a respeito da farroncada de Soares e Alegre no 25 de Abril. Tudo lido e respigado, Clara escreve duas coisas com ‘pluma caprichosa’: os responsáveis políticos actuais são gente horrível sem conhecimento da História, e Soares e Alegre, com a supracitada farroncada, reagiram muito bem à venda a retalho da Pátria e suas consequências.
Clara diz cobras e lagartos da direita e, na maior parte das vezes, tem razão; tal como teria se dissesse a mesma coisa da esquerda, na prática com iguais pecados. Clara não é de esquerda por motivos racionais. É de esquerda porque odeia a direita. É de esquerda pela mesma razão que Jerónimo, Baptista Bastos e Arménio são, e Saramago era: é um viés psíquico social e político – nada do foro da razão.
Cai nesse alçapão quando sai em defesa da farroncada de
Soares e Alegre, atribuindo à direita actual o que é da responsabilidade de um
ror de governos socialistas que culminaram com um delinquente político chamado José
Sócrates, Primeiro-Ministro nos finados últimos seis anos, para desgraça desta ditosa Pátria
nossa amada.
A ‘paixão’ de Clara por Soares e Alegre é outro viés. Ambos
encarnam personagens com cheiro a bafio como Salazar - figuras de filme mudo, a
preto e branco. E quanto a estarmos a vender a Pátria a angolanos e chineses, é
bem verdade, infelizmente. Mas quem começou o leilão foram os socialistas
Clarinha.
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