O estudo diz respeito a um período que começa em 1950 e
se estende até 2050 (sendo os últimos dados prospectivos) e inclui a China, a Índia,
a Indonésia e o Japão. Nos três primeiros países, a esperança de vida era de 30
anos em 1950. Nos 60 anos seguintes, passou para 70 na China e na Indonésia, e
para mais de 60 na Índia. O Japão partiu de valor mais alto – 60 anos –e atingiu
agora a idade de mais de 80 anos, uma das mais altas do mundo. As projecções prevêm
que na, China e Indonésia, se chegue ao 80 anos em 2050, quase o triplo de um
século antes.
Mas há outro aspecto ainda mais importante que este para
efeitos demográficos, a natalidade. Em 1950, a fertilidade média na China,
Índia e Indonésia, era de 6 filhos por mulher. Nos anos seguintes declinou de
forma dramática até ao ponto de atingir nível ligeiramente inferior ao de
substituição, ou seja, o equivalente a menos de dois filhos por casal. A
descida foi notória na China, consequência em parte de limitações legais, que não terão tido muita influência nesta evolução, ao contrário do geralmente
admitido. No Japão, a variação da fertilidade foi bastante mais pequena.
Da conjugação dos dois fenómenos, aumento da esperança de
vida e diminuição da natalidade, o envelhecimento é geral e assustador. A
assistência médica e a segurança social, que garantiram esta evolução nos
últimos 60 anos, geraram um quadro que agora não conseguem sustentar sem
grandes reformas, muito difíceis de conceber e implantar no campo. Não há dúvida
que as leis do universo são de tal natureza que é muito difícil levar longe
toda a iniciativa que vá contra a sua tendência. Só com muita fé, muita coragem
e muito optimismo se vai resistindo à
sua ditadura.
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