quarta-feira, 9 de maio de 2012

O PAÍS DA PAROLICE

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Segundo a acusação do Ministério Público (MP), Jorge Silva Carvalho, o maçon da loja Mozart e antigo director dos Serviços de Informações Estratégicas da Defesa, “usou os funcionários deste organismo para obter informações para o grupo Ongoing e assim garantir a sua contratação para a empresa liderada por Nuno Vasconcellos”. Ainda segundo o MP, “agiu de modo a provar ao presidente do Grupo Ongoing que podia obter, através do Serviço de Informações da República, informação relevante para os respectivos interesses particulares”. Blá, blá, blá...: uma lástima!
E como comunicava o super-espião com Vasconcellos? Comunicava através de SMS! Centenas de SMS, relativos aos telefones dos arguidos, foram encontrados durante as buscas policiais e constam no processo. Ganda espião!
Sabem o que nesta pessegada deixa os portugueses preocupados? É a provável desonestidade e corrupção desta gente? Não. Os portugueses já estão habituados a isso. É a falta de segurança que resulta de pessoas assim, colocadas em lugares chave, tipo serviços de informação? Não. A segurança há muito deixou de preocupar os portugueses, habituados a andar no arame – o funabulismo tornou-se tradição em Portugal. O que realmente preocupa os portugueses é a parolice desta gente toda. Parolos deslumbrados com os lugares a que chegaram e os poderes que lhes deram. Exactamente como o Zezito, ex-Primeiro-Ministro de Portugal, que saltou duma modesta repartição da Câmara da Covilhã para o gabinete da Presidência do Conselho de Ministros.
Não há Polícia, nem Justiça, nem Parlamento, que evitem estes fenómenos de parolice. O que esta gente precisa é de banhos - muitos banhos – de civilização e cultura. A profilaxia de tanta parolice passa exclusivamente por aí.  
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