quinta-feira, 10 de maio de 2012

ROER A CORDA

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A escopeta de carregar pela boca Tozé Seguro disse hoje que já se sentiu mais vinculado ao memorando da “troika”. Tozé é bom rapaz, mas não dá duas p’rá caixa porque está entalado entre a borrada socrática e as farroncas do poeta Alegre e do corredor de Fórmula 1 Soares, recordista da distância Lisboa-Casa da Música. Tozé só às vezes martela no cravo. Quase sempre dá na ferradura, porque tem medo do poeta e do mais veloz ex-Presidente de Portugal.
O Zezito afundou a embarcação, chamou os salva-vidas e deu de frosques como o capitão Schettino. Na qualidade de grande sacana, foi para Paris, onde anda a gozar com a atrapalhação do Tozé, que entretanto entaramelou.
Hoje, Tozé manifestou “enorme consideração, estima e respeito” pelo fundador do seu partido - que nunca mais se cala - e com quem está em convergência quanto à receita para sair da crise. Talvez receita de feijoada à transmontana para incrementar a alegria popular. Mas do que queria mesmo falar é que Tozé ensaia os primeiros passos para borregar em relação ao memorando que o PS assinou. Gente de palavra aquela! Step by step, hoje já se sentiu mais vinculado, amanhã está pouco vinculado, depois quase nada vinculado, para a semana só um nadinha vinculado e, no fim do mês, vínculo zero. Três semanas chegarão para o povão engolir e digerir a decisão do dito por não dito. O Zé come tudo, até trampa. O que é preciso é saber dar-lhe e Tozé está a aprender depressa.
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