.
Miguel Sousa Tavares é um dos cromos da ideia contrária, como
já referi. Naturalmente, matéria da importância da campanha do Pingo Doce não
podia passar-lhe ao lado. Miguel tem de escrever muito e não pode perder um
tema que seja. Hoje escreve no “Expresso” sobre isso. E que diz Miguel? Miguel enche
uma página, mas diz nada. Uma no cravo, outra na ferradura. Voilá.Miguel tem admiração por Alexandre Soares dos Santos. Mas não confunde o mérito de criar uma cadeia de supermercados com o de criar uma indústria, uma exploração agrícola de sucesso, uma empresa tecnológica. Miguel não sabe para que lado cair: admira, mas não admira, ou antes, admira, mas admirava mais se criasse uma indústria, uma exploração agrícola, uma empresa tecnológica. Se não criasse uma cadeia de supermercados, mas uma mercearia, admirava menos. E ainda menos se só tivesse um quiosque onde fossem vendidos jornais. E quase nada se os jornais não fossem aqueles onde Miguel escreve.
E outra coisa: porque razão o Pingo Doce, em vez de um blitz de 50% durante um dia, não baixa os preços 10% durante seis meses? Claro!... Eu até digo: porque não 5% durante um ano, ou 2,5% durante dois anos, ou 1,25% durante quatro anos, ou blá, blá, blá. Está na cara: Soares dos Santos faz isto para nos transformar num país do quarto-mundo. Um blitz de 50% durante um dia! Não pode ser!
Mas Miguel tem receio que os sucessivos tiros no pé que a Jerónimo Martins vem dando precisem de uma longa e transparente campanha de reabilitação da imagem. E porque dá a Jerónimo Martins tiros no pé? É porque, no fundo, não nos leva a sério! Já tinha suspeitado que a Jerónimo Martins não me leva a sério; mas agora, depois de ler o Miguel, tenho a certeza. Na próxima vez que for ao Pingo Doce comprar um quilograma de cebolas, vou exigir que me levem a sério. Garanto.
....
Sem comentários:
Enviar um comentário