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Silva Carvalho era director dos SIED. Homem paquidérmico,
com craveira intelectual inversamente proporcional à corpulência, enquanto nos serviços de informação
insinuou-se junto de Vasconcellos, da Ongoing, dando-lhe ilicitamente
informações para conseguir um tacho na empresa. Conseguiu, mas foi apanhado
pelo jornal “Expresso”, que o denunciou, e foi corrido.
Na Ongoing, continuou a
receber informações dos amigos que tinha nos SIED e a usar essa informação em
benefício da Ongoing e não só: empresas semi-públicas e privadas, e um dos
maiores bancos portugueses, também eram destinatários dos e-mails de Silva
Carvalho, diz o “Expresso”. E para engraxar, mandava ainda e-mails desses a
Miguel Relvas, Ministro Adjunto e mais uma tralha qualquer, e a Marco António
Costa, Secretário de Estado na Segurança Social e maçon numa loja amiga da loja
de Carvalho, a musical Mozart.
Se o jornal referido não trouxesse todo este escândalo
para a praça pública, a esta hora Carvalho estaria a redigir mais um e-mail com
informação classificada para empresas privadas, para um banco - pelo menos -
para Miguel Relvas, para Marco António e sabe-se lá quem mais.
Relvas e Marco António são membros do Governo e sabiam
que Carvalho tinha saído dos SIED e não podia ter acesso àquelas informações.
Mas recebiam-nas e, embora não respondessem, calavam-se. Achavam normal? Não
podiam achar, mas gostavam de saber o que se passava!
Está tudo nos tribunais, igual a dizer que vai dar tudo em
águas de bacalhau. À cautela, Vasconcellos já está a pagar a Proença de
Carvalho, especialista em encanar a perna à rã até ao dia do Juízo Final - está
bem entregue.
Mas os membros do Governo, Senhor? Que lhes acontece?
Provavelmente nada! Se estivéssemos numa terra do primeiro mundo, com um
primeiro-ministro a sério e uma opinião pública capaz dessa coisa complexa que
é pensar, levavam uma corrida em pelo e nunca mais se ouvia falar deles. Aqui,
provavelmente, serão condecorados no próximo 10 de Junho, Dia de Portugal, de
Camões e das Comunidades Portuguesas.
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