sábado, 28 de março de 2015

3 ESTRELAS PARA O MARCO

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Era o dia 22 de Novembro do Anno Domini 2014, dia seguinte à catástrofe planetária que foi a detenção do Zezito, quando o Costa deitou mão ao timão do PS. A nau do Largo do Rato navegava em águas baixas, prestes a encalhar, e o capitão general, de sua graça Tozé, levou uma corrida em pêlo e foi plantar batatas para outras paragens.
Do novo capitão tudo se esperava e a fé era muita. Mas, após quatro meses de gestação, nada ele paria. Inquieta, a tralha socrática berrava: "acima, acima gageiro, acima ao tope real, vê se enxergas dias melhores que as sondagens vão mal". Foi quando a ideia fez faísca no encéfalo do Costa: à míngua de inspiração, uma consulta popular para o povão fazer o programa do Governo PS era a solução.
De pronto, a ideia do Costa teve o que merecia—a chacota. De tal modo que até o seu quase homónimo Marco António se permitiu a ironia e, num comício em Trás-os-Montes, teve a feliz ideia de apelar aos militantes e simpatizantes do PSD para ajudarem o PS a fazer o programa do Governo. Marco António Costa não faz o meu género, mas desta vez reconheço que merece três estrelas.
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