.
.
Era o dia 22 de Novembro do Anno Domini 2014, dia seguinte
à catástrofe planetária que foi a detenção do Zezito, quando o Costa deitou mão
ao timão do PS. A nau do Largo do Rato navegava em águas baixas, prestes a
encalhar, e o capitão general, de sua graça Tozé, levou uma corrida em pêlo e
foi plantar batatas para outras paragens.
Do novo capitão tudo se esperava e a fé era muita. Mas, após
quatro meses de gestação, nada ele paria.
Inquieta, a tralha socrática berrava: "acima, acima gageiro, acima ao tope
real, vê se enxergas dias melhores que as sondagens vão mal". Foi quando a
ideia fez faísca no encéfalo do Costa: à míngua de inspiração, uma consulta
popular para o povão fazer o programa do Governo PS era a solução.
De pronto, a ideia do Costa teve o que merecia—a chacota.
De tal modo que até o seu quase homónimo Marco António se permitiu a ironia e,
num comício em Trás-os-Montes, teve a feliz ideia de apelar aos militantes e
simpatizantes do PSD para ajudarem o PS a fazer o programa do Governo. Marco
António Costa não faz o meu género, mas desta vez reconheço que merece três estrelas.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário