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[...] Aos poucos, percebe-se que o MP não possui quaisquer
indícios que incriminem José Sócrates e recorre a puros delírios. E o desespero
evidencia-se no momento em que, após a desastrada história da linguagem
cifrada, se lançou para aí a tese de que José Sócrates não escreveu A Confiança
no Mundo, cabendo a tarefa a um professor indistinto. Mais um tiro no pé. Ao
acusar José Sócrates, o MP apenas lhe confere maior grandeza: sempre duvidei de
que um indivíduo daquele gabarito intelectual assinasse tamanha porcaria. Não
duvido é de que, do alto da sua inabalável ética, ele mandasse comprar quase
todos os exemplares para poupar os leitores à ironia de acabarem torturados
enquanto liam um texto sobre tortura. Citando um recente hino de homenagem:
obrigado, José Sócrates - podem dizer, podem falar, podem inventar que ele não
vai mudar.
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Alberto Gonçalves in "Diário de Notícias"
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