António Costa diz que a economia e as famílias estão esmagadas pela pressão fiscal, fruto da
total insensibilidade, traduzida, por exemplo, na recusa da manutenção da
cláusula de salvaguarda do IMI, que resultou num aumento brutal daquele
imposto. É verdade, ou anda lá perto.
Apontou ainda a
mesma insensibilidade do Governo na recusa da suspensão das penhoras das casas
de moradas de família e na não redução do IVA para a restauração. Também é
verdade, ou anda lá perto.
Mas Costa
acrescentou: Ao mesmo tempo que tudo isto acontece, a pressão sobre famílias e
sobre sectores económicos, há a criação destes mecanismos VIP, como se as
famílias e os sectores da restauração não fossem VIP.
Foi um grande "desarrincanço" este, genuíno tiro de pólvora seca. A pergunta é: Costa só tem isto
para dizer?
Num País à beira da
agonia financeira, económica e social, a oposição faz seu cavalo de batalha uma
trampa qualquer que tem a ver com a protecção do sigilo fiscal de uns e não de
outros, para evitar que funcionários da Autoridade Tributária, militantes da
esquerda, andem a chafurdar nos registos fiscais de figuras públicas, políticos,
talvez de presidentes de clubes de futebol e outra tropa. Caso para dizer: se só isso preocupa a oposição, que há uma semana não fala de outra coisa, a conjuntura
não está tão mal como parecia.
Dai-nos, Senhor,
qualquer coisa um nadinha melhor que o Costa. Não é pedir muito!
.
Sem comentários:
Enviar um comentário