terça-feira, 24 de março de 2015

À NOSSA !

.
.
O consumo de álcool etílico é comum em numerosas sociedades humanas. Tal prática tem raízes mais longínquas do que se poderá supor. Em boa verdade, começou há 10 milhões de anos num primata nosso antepassado em que ocorreu mutação na proteína chamada ADH4 (álcool-dehidrogenase 4), capaz de metabolizar o etanol.
Perguntar-se-á porque tinha o primata tal proteína para tratar o álcool, quando ainda não havia a "Portugália" ou o Irish Pub". Na realidade, as coisas coincidiram com a descida dos macacos das árvores, passando a viver no solo, alimentando-se de frutos caídos no chão. Muitos estariam já fermentados, com algum teor alcoólico, e só serviam à finalidade nutritiva se o etanol fosse ser metabolizado.
Estudos feitos na ADH4 de 28 mamíferos diferentes que viveram num período de 70 milhões de anos, incluindo 17 primatas, mostram que muitos conseguiam metabolizar alguns álcoois, mas não o etanol. Só há 10 milhões de anos aparece a actual ADH4, capaz de o fazer, resultante da substituição dum simples aminoácido na proteína—com tal mutação, a funcionalidade melhorou 40 vezes.
Não se conhece o primeiro primata contemplado com o benefício, mas não é descabido incluí-lo na lista de brindes de cada comemoração!
E pelo chimpanzé não vai nada?

TUDO!...
.

Sem comentários:

Enviar um comentário