A maçã não teve uma infância feliz com a versão bíblica do pecado original, mas recuperou apesar disso e hoje é o fruto mais comido no mundo, a par da banana, segundo li recentemente. Tem grande tradição nos países anglo-saxónicos, onde consta que uma maçã por dia mantém o médico longe—An apple a day keeps the doctor away.
Mas os provérbios são perigosos porque, se se arrisca e ganha,
dizem-nos que quem não arrisca não petisca; mas se se arrisca e perde,
dizem-nos que mais vale um pássaro na mão que dois a voar e ficamos desarmados.
Os números é que contam—o resto é palha de burro. Assim pensaram investigadores
de New Hampshire e de Vermont, nos Estados Unidos e foram contar. Depois
publicaram os resultados no Journal of the Americam Medical Association (JAMA)
que foram conhecidos ontem.
Não vou entrar em detalhes sobre o método que usaram
porque é uma seca e o resumo do trabalho pode ser lido aqui. Sumariamente,
usando critério estatístico correcto, chegaram á conclusão que quem come
regularmente maçã vai tantas vezes ao médico como quem não come—para o médico a
maçã não interessa. Mas no que diz respeito a despesas na farmácia, as coisas
mudam de figura: quem come maçã gasta menos dinheiro em medicamentos de
prescrição. Logo, An apple a day keeps the pharmacist away. Assim é que é.
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