terça-feira, 2 de setembro de 2014

NÃO À INVASÃO DA PRIVACIDADE !

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Em Abril publiquei um post—quase um ensaio!—sobre o flato, vulgo bufa, pum, ventosidade, ou, com vossa licença, peido. O flato é uma manifestação de vigor e saúde. Predominantemente produzido pela acção do microbioma entérico sobre alguns alimentos, constitui efeito colateral de funções que melhoram a imunidade, entre outras coisas boas. É, assim, um fenómeno estimável e, tal como dizia na altura, cidadão—ou cidadã—que se preza liberta, pelo menos, 18 ventosidades por dia a ritmos variados. É o mínimo exigível.
Claro que há que fazê-lo com discrição. Não digo que não se faz a assistir a sessões da Assembleia da República porque aí pode ser justificado, mas é de todo em todo impróprio, por exemplo, dentro do Estádio da Luz, não obstante tratar-se de espaço aberto.
Nos aeroportos, é discutível. Não que não se justifique às vezes, mas a capacidade de o nascituro passar por filho de pai incógnito pode ser pequena. O progresso tecnológico tem vantagens, mas também inconvenientes. Agora, por causa dessa coisa da prevenção do terrorismo, deram em instalar câmaras de radiação infravermelha que são um perigo para quem se alivia ainda mais discretamente que o Dr. Costa se alivia de ideias. Veja-se no vídeo em cima—feito num aeroporto—se não é intolerável invasão da privacidade, inaceitável porque se trata de função fisiológica importante. Indiscutivelmente, o terrorismo está a abalar os alicerces de tudo, incluindo fenómenos indispensáveis à evolução darwiniana úteis à espécie.
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