O átomo mais simples que existe é o de hidrogénio, constituído por um protão, uma das partículas atómicas dos núcleos, com carga eléctrica positiva, e um electrão, com carga negativa, a orbitar em volta dele. Sabemos também que tal átomo faz parte da matéria e que, para cada átomo desta, existe um átomo de antimatéria; neste caso um átomo de anti-hidrogénio, constituído por um anti-protão, com carga negativa, e um anti-electrão ou positrão, com carga positiva.
Se um átomo de matéria entra em contacto com outro de
anti-matéria, verifica-se a aniquilação de ambos, originando-se energia. Quando
ocorreu o Big Bang, formou-se igual quantidade de matéria e anti-matéria e só
não se transformou tudo em energia, por aniquilação, porque se separaram antes que
tal acontecesse. A explicação é tosca, mas serve por agora neste texto tosco
também. Interessa é que, em menos de um segundo, a anti-matéria desapareceu e
deixou a matéria a dominar o Universo. E não sabemos onde pára a anti-matéria!
Em 2010, no laboratório do CERN, em Genebra, conseguiu-se
“apanhar” átomos de anti-hidrogénio durante fracções de segundo; e, em 2011,
durante cerca de mil segundos. Tal permite estudá-los e ver se são, de facto, do
ponto de vista funcional e estrutural, “imagens de espelho” da matéria, ou
seja, a mesma coisa em termos práticos, ou coisa completamente diferente. O Dr.
Hangst, responsável pela investigação, não sabe o que as pessoas pensam. Mas
para ele é a coisa mais importante que ele e todos os investigadores que com
ele trabalham fizeram em toda a vida. Tenho a certeza que sim.
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