segunda-feira, 5 de março de 2012
A CULTURA DA CHAPELADA
Stanislav Govorukhin, chefe da campanha eleitoral de Putin, que ganhou as eleições presidenciais na Rússia, declarou urbi et orbi que nunca houve eleição mais limpa no País. Lê-se que se realizaram votações em carrossel, com povão transportado em autocarros a fazer peregrinações pelas assembleias eleitorais e a votar repetidamente em Putin, que há vídeos de gente a pagar a outra gente para votar no ex-KGB, mas Govorukhin deve estar certo: todas as eleições anteriores tiveram práticas inspiradas no regime soviético, grande especialista em “chapeladas” nas urnas. A “chapelada” nas eleições constituiu-se em património cultural russo e já ninguém liga a isso. Os russos só pedem que a pouca vergonha não seja muita, como o empregado de restaurante que estranhava o meu protesto contra a conta aldrabada, uma vez que a aldrabice era só de 100 escudos.
Assim, Putin ganhou bem. E pode permanecer na presidência até 2024. Isto, claro, se não voltar a ser primeiro-ministro durante seis anos, para voltar em 2030 e ir até 2042!
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