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Kepler formulou as leis do movimento planetário, que
foram melhoradas pelas leis do movimento de Newton, por sua vez melhoradas pela
lei da relatividade de Einstein. Nem Kepler estava errado porque Newton estava
certo, nem Newton estava errado porque Einstein estava certo. Os sucessivos
modelos variavam na acurácia e na aplicabilidade, mas não na correcção. O
modelo científico não é a verdade: apenas aproximação. Paradoxalmente, essa é a
sua superioridade.
A política, as religiões e os estilos de vida são
matérias polarizadas: se a minha posição está certa, a tua está errada, e
vice-versa. Eu acredito na minha, tu acreditas na tua. Um de nós está certo e o
outro errado? Ou estamos os dois certos? Ou os dois errados? Perguntas sem
resposta!
A certeza é o maior obstáculo ao avanço do conhecimento
porque o pára. A incerteza alimenta o avanço. E na ciência avança-se como a
criança aprende a falar ou andar: balbuciando e tropeçando. Dada a notável complexidade
do Universo, provavelmente o homem continuará eternamente a balbuciar e tropeçar.
Isso alimenta a sua mente.
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