segunda-feira, 12 de março de 2012

PROFESSOR SHERWOOD ROWLAND

.
Com 84 anos, morreu no Sábado o Prof. Sherwood Rowland, da Universidade da Califórnia. O Prof. Rowland recebeu, em 1995, o Prémio Nobel da Química, juntamente com o mexicano naturalizado americano Mario Molina, e com o alemão Paul Crutzen. E que fizeram os três para tão alto galardão?
Depois de se verificar que o ozono na atmosfera do continente Antárctico todos os anos, no princípio da Primavera polar, sofria enorme depleção, conhecida popularmente por “buraco do ozono”, ficou-se sem perceber qual a razão de tal ocorrência. Muitas foram as hipóteses avançadas para explicar o fenómeno, todas sem consistência. Foram os trabalhos do Prof. Mario Molina, mexicano a trabalhar nos Estados Unidos, do Prof. Sherwood Rowland, americano e agora falecido, e do Prof. Paul Crutzen, alemão, que trouxeram a primeira luz sobre a matéria. A sua interpretação, de que a depleção do ozono Árctico e Antáctico é devida à presença de fuorcarbonetos usados pelo homem como propelentes de spays, expansores industriais de espumas e nos aparelhos de condicionamento da temperatura, como frigoríficos, congeladores, ambientadores térmicos e outros, ainda hoje é contestada em alguns centros; mas, a verdade é que nunca apareceu melhor explicação e tornou-se doutrina oficial. Em ano que já não me recordo qual, tive oportunidade de assistir a uma conferência do Prof. Molina, nos Estados Unidos. E, nessa altura, nem ele tinha completa certeza de que a hipótese dos três investigadores estava certa. Passaram bastantes anos e há muito que não acompanho o problema. Acho que o ambiente científico está pacificado e a depleção do ozono será, efectivamente, provocada pelos CFC. Paz à sua alma.
.

Sem comentários:

Enviar um comentário