Com 84 anos, morreu no Sábado o Prof. Sherwood Rowland, da Universidade da Califórnia. O Prof. Rowland recebeu, em 1995, o Prémio Nobel da Química, juntamente com o mexicano naturalizado americano Mario Molina, e com o alemão Paul Crutzen. E que fizeram os três para tão alto galardão?
Depois de se verificar que o ozono na atmosfera do
continente Antárctico todos os anos, no princípio da Primavera polar, sofria
enorme depleção, conhecida popularmente por “buraco do ozono”, ficou-se sem
perceber qual a razão de tal ocorrência. Muitas foram as hipóteses avançadas
para explicar o fenómeno, todas sem consistência. Foram os trabalhos do Prof.
Mario Molina, mexicano a trabalhar nos Estados Unidos, do Prof. Sherwood
Rowland, americano e agora falecido, e do Prof. Paul Crutzen, alemão, que
trouxeram a primeira luz sobre a matéria. A sua interpretação, de que a
depleção do ozono Árctico e Antáctico é devida à presença de fuorcarbonetos
usados pelo homem como propelentes de spays, expansores industriais de espumas
e nos aparelhos de condicionamento da temperatura, como frigoríficos,
congeladores, ambientadores térmicos e outros, ainda hoje é contestada em
alguns centros; mas, a verdade é que nunca apareceu melhor explicação e
tornou-se doutrina oficial. Em ano que já não me recordo qual, tive
oportunidade de assistir a uma conferência do Prof. Molina, nos Estados Unidos.
E, nessa altura, nem ele tinha completa certeza de que a hipótese dos três
investigadores estava certa. Passaram bastantes anos e há muito que não
acompanho o problema. Acho que o ambiente científico está pacificado e a
depleção do ozono será, efectivamente, provocada pelos CFC. Paz à sua alma.
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