terça-feira, 8 de maio de 2012

UM TIPO PORREIRO

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O jornal “Foreign Policy” publicou ontem um artigo da autoria de Eric Pape em que este pergunta: Como pôde a França, confrontada com as pressões das agências de rating, eleger um socialista para substituir Sarkozy? E avança: A França, afinal, é mulher, é La France, é a figura mítica da Mariana, encarnação das lutas revolucionárias pela liberdade, igualdade e fraternidade, representada por Delacroix empunhando a bandeira numa mão e a arma na outra, a caminho da batalha com a camisa aberta e o peito nu.
Mas sendo a França mulher, nação de amantes, elegeu um socialista sem nenhuma  graça, personagem secundária de uma peça também sem graça! A França, no fundo, está farta de ser traída. Os três pontos percentuais que deram a vitória a Hollande vieram largamente de eleitores exclusivamente interessados em correr com Sarkozy. Só tarde a França percebeu a obsessão do homem com ele próprio, chegando mesmo a perguntar se ele se lembraria que ela existia.
Na manhã de Segunda-Feira a França está a interrogar-se como será viver com Hollande. A verdade é que não há muita paixão. Mas parece um tipo decente para uma mulher entradota. Não chateará. E, pelo menos, é provável que seja boa companhia!
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