terça-feira, 3 de março de 2015

CHAMAR AS COISAS PELOS NOMES

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[...] Actualmente o ónus da educação recai sobre a sociedade. E espera-se que a escola compense as fragilidades familiares. Por falta de tempo, jeito ou dedicação das famílias.
E a sociedade não pode virar costas a este desafio do nosso tempo. Deve garantir o acesso à educação a todos com o objectivo claro de ser bem-sucedida na formação das suas crianças.
A medida do sucesso incluirá a minimização dos chumbos combatendo o insucesso escolar e as suas causas com aulas extra, explicações, apoio familiar e apoios financeiros a famílias necessitadas.
Não se deve acabar com os chumbos administrativamente. E fingir que para o ano é que vão compensar, aprendendo num ano o que deveriam aprender em dois. Nem se deve recear chamar as coisas pelos nomes.
Tal como as retenções eram chumbos há quarenta anos, também os défices de atenção, as hiperactividades e as dificuldades de concentração tinham outro nome nessa altura. E outro tratamento...

Paulo Barradas in "Expresso" online
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